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Mais uma (s) de SP...


É agora eu começo mesmo acreditar naquele velho ditado que diz: "Depois do caos sempre vem à bonança!" Quase um ano depois daquele dia em que eu desembarquei na maior estação rodoviária (pelo menos até aquele momento). Lembro bem que estava ansiosa e eufórica por encontrar com minha amiga, querendo desbravar o novo mundo e conhecer (de fato) a tão falada Terra da Garoa.

Logo nos primeiros meses percebi "é aqui a vida é diferente", são boates, festas, tumultos, agitações, é tanta gente andando de um lado pro outro, gritando, correndo. Buzinas frenéticas, freios e bum-bum, coisas acontecendo, pessoas caindo, crianças chorando, o trem, o metro, a lotação. Tudo muito rápido, todo mundo estressado, luzes piscando, uma cidade que não dorme. Lado bom? Ah sim, este tem também... Apesar do cheiro ruim e das pessoas que vivem nos canteiros (na rua), "a velha SP" muito me agrada, lá onde ficam as construções, teatros, o jeito boêmio, cinemas, livrarias, mais teatros, centros históricos e culturais e, óbvio é claro... Como autêntica sapa da Lagoa as mulheres.

São elas belas, sorridentes, tímidas, ousadas, extrovertidas, amigas, marcantes, sedutoras, sexy, sonhadora, tatuadas, "estranhas", enfim mulheres em toda sua essência.

Algumas são fortes, decisivas, com um estilo próprio (Thatá essa foi pra você "mais não sabem nem andar em sua própria cidade [caos isso!]"); Tem aquelas inteligentes, curiosas, reservadas e (muito) enigmáticas como aquela mocinha (a dos cachinhos) que trocava e-mails comigo há mais de dois anos (é, o abraço demorou... Mas chegou); Ainda teve a recepção carinhosa de Van, pessoinha "special" (e o tucks, tucks, tucks...); O doce encontro regrado à uma dose de carinho, surpresa e admiração... Foi o dia ao lado de Segredo e Loba; A nova amizade Lê (pessoinha divertida e muito querida); O re-encontro com o sorriso, os costumes, a lembrança do nome "minha" B.A. (rss apesar dos tempos hein!?); ainda teve a menina dos olhos de gato compartilhando segredos (era um novo e desconhecido despontando)

E também teve a amizade verdadeira... Aquela que surgiu no caos, quando as coisas fugiram do controle, quando não estava bem, (re) descobri que um abraço, um beijo uma palavra fazem sim a diferença, fazem sentido. O encontro que tornou o que era virtual real, a amizade me fez e me faz muito bem (devo muito à ela), o carinho a preocupação, sonhos profissionais, vários são os motivos que nos aproximam, deixou de ser uma personagem (loirinha), é minha amiga Priscila (para mim, é mais gostoso Loirinha). Foi ela quem possibilitou a realização de um sonho "Conhecer o Mar" (pode ser visto na postagem http://umasapaforadalagoa.blogspot.com.br/duasemuma)

E foi assim nesse meio de conhecer que vieram as duas meninas carinhosas e simpáticas que conheci em São Paulo, pode-se dizer que estas foram às primeiras que eu conheci de fato, as outras já tinham certo contato virtualmente, mas eu sabia que as encontraria essas duas não... Simplesmente aconteceu, o novo emprego e um dia o almoço juntas e vários foram os risos e brincadeiras, e incrivelmente tinham gostos parecidos filmes e histórias... Ela de morena tornou-se ruiva e a outra com aquele sorriso encantador (sempre disse isso a ela)...

Daqui a poucos dias (04/Março/2011) completa-se um ano que aqui cheguei, muita coisa aconteceu boa /ruim, triste/alegre. Bateu saudades. É, saudades, deu vontade de desistir. Voltar correndo lá pro aconchego da vovó, ficar ao lado do meu príncipe (Guili Je N'aime que Toi), chorei muito (e muitas vezes), ri também. Lembrei dos filmes com gritaria (e pipoca), suco com pó de gelatina, os quatoOorze anos é Joanna você faz uma falta; Os sorrisos no escuro, a amizade de longa data, o carinho de irmão, o cuidado de amigo... Márcio você sempre será meu melhor amigo! E você que sempre teve tudo para dar errado (pelo menos é assim que fala), mas realizou teus sonhos, correu atrás dos objetivos e vive me chamando de "garotinha", Su tu és inesquecível. E ainda teve a cumplicidade, o suco de morango (com leite condensado, leite e algo mais "que era mesmo?"), a pizza de carne de sol, amiga pra todas as horas essa Ana Carla. A saudade daquela menina Docinho que ainda até hoje insiste em me chamar de "Little Butterfly", senti saudades do carinho que ele sempre teve comigo, era nítido o quanto gostava (sempre será Clodo). Saudades daquela moça que me fazia rir (e fazia mesmo) chegava a chorar de rir quando ela insistia em fazer a tal "performance" de bater os pezinho (achou que eu esqueceria é Lee?!), e as conversas e risos, caminhadas e baguncinhas com a que completava a trupe de três ("néh" Eliza!). Saudades eu sinto e sentirei...


"Um capítulo extra mais que ainda faz parte daqui (foi um sonho realizado), a cidade louca (nessa época, eu já dizia: "a cidade é chata, sem graça, barulhenta, fedida, estressante, feia, suja, poluída, uma selva de pedras isso aqui", mas enfim, o fato de estar aqui (bem mais perto) proporcionou-me o encontro com o passado, o sonho que foi deixado lá atrás, lembranças de sorrisos e promessas feitas, a dor (sendo superada). O encontro foi ótimo, te olhar nos olhos, abraçar, beijar, te ver corar, o ciúme da mamãe. Você é realmente Meu Anjo Lindo. Amei a recepção amorosa, tive medo ante ao encontro, a timidez presente enquanto caminhávamos lado-a-lado até sua casa, depois do beijo e do abraço de boas vindas. Mas depois, aquele rubor avermelhado que insistia em ficar na minha (e sua face) se foi. E ficaram risos, brincadeiras, carinho, atenção, cuidado, enfim... Nossa história. Desculpe tê-la feito chorar, poderia dizer mil e uma coisas mas me abstenho das palavras e digo: "Olhe em meus olhos e veja o meu arrependimento, desculpe-me!". Saiba que nunca vou deixar de dizer isso: "Ich Liebe Dich Gaia", o que temos será eterno, conte sempre comigo, sempre serei sua amiga!"


Outro sonho que na verdade pode-se dizer também que é um objetivo é minha faculdade. Tornei-me enfim universitária. Estou feliz com esta nova etapa, são as coisas práticas da vida, é Deus colocando suas mãos para realizações dos objetivos, as metas. Eu sempre digo "Não gosto de São Paulo, mas... Sinceramente, acho que estou começando a acostumar!"

Humn...


Só mais uma coisa... Luuu (L) deste ano não passa, vou te dar um AQUELE abraço minha amiga, ouvinte, "minha segunda mãe"! a.v.



PS: A quem acompanha a leitura do conto Lealdade em Jogo... Desculpe pelas demoras nas postagens, sem net em casa (Bi@, Fefe, Nanda, Chica, Le).

Votos 2011!!!

Feliz 2011 à tod@s!!!

Que este ano eu consiga escrever mais "e MELHOR"

E que todas e todos que passaram por aqui no ano passado, continuem acessando a Lagoa...


Obrigada à tod@s que nos acompanham!
"É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias,me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos, ilumina o corredor por onde passo todos os dias."
 (Caio.F.Abreu)

Me leva pra casa, que te quero na cama

Bom meninas... depois de um tempo sem vir aqui, estou deixando mais um "postzinho" para alegrarem-se. Espero que vocês gostem! Beijos...

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“Putz, que tédio. É sempre assim, ninguem merece ficar sozinha.”
- Alô?
- …
- Lógico! Onde te encontro?
- …
- Perfeito! Te vejo em uma hora.

“Aê! Pelo menos vou ter compahia para o dia.”

- NOSSA!!! Tá querendo me conquistar é? Scarpin preto, vestido preto tomara que caia na altura da coxa, unhas feitas, cabelo perfeitamente loiro, liso e solto. Brincos de argola dourado para combinar com a delicada gargantilha de coração… Vem cá! Deixa eu te dar um cheiro. Hummm… e deliciosamente cheirosa. Assim, decididamente eu me apaixono.

- Como você é boba mulher! Sabe que só ando arrumadinha.

- Muito me encanta!!

- Engraçadinha! Você tambem está linda!

- Obrigada, mas nem me comparo a você. Outro nível! Rs. Quer fazer o que senhorita?

- Quero comer e ir ao cinema. Pode ser?

- Lógico. Vamos já comprar o ingresso e comemos enquanto esperamos dar o horário.

- Perfeito.

“Meu senhorzinho, o cheiro dessa mulher ta entrando em mim e me deixando louca. Sinto tesão só de imaginar tocando esse corpo. Aí ela vem e me escolhe ver um desenho. Só tem criancinha na sala, nem posso tentar nada. Aguentaaaaaa.”

- Muito obrigada pela compahia! Adorei o filme o lanche e a conversa!

- Ô! Eu adoro estar ao seu lado e você sabe bem disso né? Sempre que quiser compahia é só me ligar!

- Obrigada linda! Agora vamos indo que esta ficando tarde. Te levo até em casa.

- Ótimo! Obrigada. Vou te explicando como chegar lá.

- Perfeito!

“Essa mulher tá me enlouquecendo. Nem ta me dando bola. Será que estou fedendo ou feia? Aff… eu vou beijá-la e vai ser hoje!!!”

- Pega a proxima a esquerda… isso… agora para aqui um pouquinho.

- Nossa! Que rua escura. Você mora aqui?

- Não, é que to sentindo um cheiro estranho e acho que ta vindo do motor. Não ta sentindo?

- Ai meu Deus!! Não estou. Será que ta queimando? E agora?

- Calma! Vem, desce do carro e vamos ver. Talvez eu esteja louca. Vem sentir mais de perto.

- Ta certo. Aii, acho que ta ficando louca. Até abri o capô e não to sentindo nada.

- Era brincadeira linda! Só queria te tirar do carro. - Disse isso encostando-a no capô do carro e grudando meu corpo no dela.

- Quer me matar mulher? Ainda bem que é mentira. Vou matar você. - Ela disse me dando um soco no ombro e mordendo o lábio inferior. “Acho que está gostando do contato.”
- Se for de prazer eu deixo!

- Hummm abusada. Vem aqui!
Segurei-a pela nuca e dei-lhe um beijo sedento. Sem muita cerimônia fui logo passando minha mão na coxa dela, desecompassando sua respiração. Passei da boca para o pescoço e arranquei um gemido bem gostoso. Não resisti e levantei o vestido dela até a cintura, deixando a calcinha a mostra. Parei de beijá-la e admirei aquela visão maravilhosa. Coloquei-a sentada em cima do capô e logo ela abraçou minha cintura com as pernas. Já estava descontrolada de tesão então abaixei a parte de cima do vestido e suguei um de seus seios com vontade fazendo meu sexo molhar. Ela gemia alto enquanto que com uma das mãos eu puxava seu cabelo para tras e com a outra acariciava seu sexo, que já estava totalmente enxarcado. Me soltei do abraço de suas pernas e retirei a calcinha dela devagar, lambendo os lábios. Queria que ela entendesse o recado, e ela entendeu direitinho, apenas mordeu o lábio e ví seus pêlos arrepiarem. Já morrendo de tesão, caí de boca naquele sexo quente e molhado. Queria todo aquele liquido pra mim, queria sentir o gozo dessa mulher alí mesmo na rua sobre o capô do carro. Então suguei, lambi, chupei e a penetrei com a lingua. Ela gemia cada vez mais alto e eu sentia meu liquido escorrendo por entre minhas pernas. O gozo veio com um grito gostoso e eu saciei minha sede, sem deixar nenhuma gota me escapar. Fui subindo pelo corpo dela e a beijei na boca para que pudesse sentir o próprio gosto doce. Ela beijou me com desejo e me deu um tapa fraco na cara.
- Safada! Tarada… Gostosa! Espera que vai ter volta.

- Humm, se continuar me batendo assim é que vou gamar de vez.

- Entra no carro abusada! Me leva pra casa, que te quero na cama.

“Essa noite vai ser deliciosamente longa! Adoooooooro.”

Hoje faz 4 anos


Hoje faz 4 anos, lembro perfeitamente de todos os detalhes..a roupa, o perfume, o brinco, o pingente, o salto, o sorriso, a luz..depois o coração que parecia saltar do peito no momento do primeiro beijo, o vinho no canto do lábio, a lingua quente, a pressa em lhe ter minha, a noite mais longa e perfeita de toda criação, o bom-dia mais feliz que pode haver...


As vezes é difícil definir o 'Amor-Sentimento' em palavras, numa conversa com uma amiga pude traduzir um pouco do que sinto:



Lu:
*essa semana faço 4 anos c/Van
εïз Melåhel:
*queria ter essa sorte
Lu:
*em determinados assuntos o tempo não é nada
εïз Melåhel diz:
*isso foi deprimente
Lu:
*não não
*eu a amo como se estivessemos juntas a 1 mês..
*espero dela como se estivessemos juntas a 1 década..
*a admiro como se estivessemos juntas a 1 dia..
*dou minha vida por ela como se estivessemos juntas a 100 anos e nao pudesse respirar sem a presença dela!



Isso tudo não é muita coisa se comparado a verdade que vivemos, já passamos por tantas coisas boas e difíceis que até perdemos a conta. Uma coisa é fato..continua valendo a pena.

Amar é simples...é doação, não retribuição!

Faz de mim o que quiser!!!

Beijos ardentes, gemidos ao pé do ouvido. Já não aguentava mais de tanto tesão.
- "Então amor, vamos embora logo daqui, quero nossa cama quentinha". - ela ainda com a boca na minha finalmente concordou.
Nunca demorou tanto para o bendito ônibus ir do centro da cidade até a minha casa. Sentar alí do lado da minha linda e irresistível namorada sem poder tocá-la já estava ficando quase insuportável. Ela discretamente acariciava minha coxa e olhava para mim com um olhar de quem diz: "eu quero agora".
Finalmente chegamos em casa, fomos sem paradas para o quarto. Fechei a porta e fui logo tirando minha roupa e ela a dela. Nós estávamos tão excitadas que toda a parte da sedução foi esquecida. Peguei-a pela nuca e lhe beijei com voracidade, enquanto minha outra mão já acariciava-lhe o sexo. Ela me dava arranhões deliciosos nas costas, o que me deixava ainda com mais tesão. Deitamos na cama, eu por cima dela, comecei a beijar-lhe os seios, sugando os mamilos. Desci com a lingua pela barriga dela, enquanto ouvia-lhe gemer deliciosamente cada vez mais alto a medida que eu me aproximava do seu sexo.
Antes de sentir o gosto doce do sexo daquela linda mulher olhei-a nos olhos e dei-lhe um sorriso de como quem diz: "isso vai ser bom".
Mergulhei naquele sexo, beijando, sugando, lambendo, penetrando-a com a lingua, as vezes parava para ver as expressões daquela deusa que se entregava a mim. Seus gemidos, e seu gosto faziam meu corpo extremecer. Ela rebolava enquanto eu a saboreava e assim ela logo chegou ao orgasmo. Me puxou para cima e me beijou ainda querendo mais.
Entre beijos e caricias peguei na gaveta ao lado nosso mais novo brinquedinho e o coloquei. Ela me olhou com um sorriso, e ficou de quatro. Jogou os cabelos nas costas e disse:
- "Vem, faz de mim o que quiser!"
No mesmo instante eu a penetrei devagar, peguei-a pelos cabelos e comecei naquele movimento de vai e vem. Ela quase gritava de tanto tesão. Em pouco tempo o orgasmo veio novamente. Tirei o meu cinto, a virei de frente pra mim e deitei novamente sobre ela. Mas dessa vez, simplesmente dei um singelo beijo naquela mulher que com um grande sorriso nos lábios, enquanto recuperávamos o folego.

Desabafo...

Eu acho que a pessoa que disse que: "o tempo cura tudo"; estava cheirando pimenta do reino...

É difícil acreditar que uma pessoa possa partir o nosso coração em pedacinhos com tanta facilidade. O coração é o músculo mais forte do corpo, e o cérebro um dos mais frágeis. Se realmente os nossos sentimentos fossem controlados pelo coração, talvez não sofreriamos tanto por amor.

O próximo passo seria controlar o subconsciente. Até onde podemos manipular os nossos pensamentos? Se pelo menos conseguissimos usar mais do que 10% das funções nosso cérebro. Nessa horas principalmente, seria bem útil. E eu digo, "NÃO TE AMO MAIS", e como mágica, todo aquele amor sumisse... (sonho meu).

Vamos treinar meu povo. Tentar descobrir os "macetes" da nossa cabeça para podermos sofrer menos pelas pessoas erradas. Porque quando a pessoa realmente vale a pena, é necessário um pequeno sofrimento para aprender a dar mais valor. Certas pessoas merecem nossas lágrimas outras nem mesmo um suspiro.

Porém, enquanto não conseguimos controlar nossos sentimentos, vamos curtir nossa fossa até descobrir a melhor maneira de sair dela, porque o tempo até agora em nada esta ajudando.


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SEDE DE AMOR

Paula Fernandes

Vale se entregar
Nem vem dizer pra mim que não
sentiu cheiro de desejo no ar
é tarde pra inventar
Mil desculpas para provar pra mim
que não queria mesmo me amar
É tarde muito tarde, deixa estar
Te sentir, vem pra mim
Quero matar a minha sede e beber da tua seiva, eu vou
se você for
Me alimentar do teu poder e me abrigar em teu peito
ainda sou, o teu amor
Não te contei mas toda noite os meus sonhos só pedem você
bem aqui
Pra alegrar o meu sorriso e ser a cura nos momentos de dor
Quero matar a minha sede de amor
No meu sonho navio
Teu amor é farol
No meu porto seguro
No espaço é meu sol

Carol & Fernanda - final

Alguns meses depois Carol havia se mudado para casa de Fernanda e as duas estavam muito felizes juntas.

No dia em que Carol e Fernanda completariam um ano de namoro, Carol levou Fernanda para a cobertura de um hotel e mandou preparar um jantar para as duas lá em cima, à luz das estrelas. Carol contratou um violinista e na mesa um champanhe. Carol levou Fernanda com uma venda nos olhos durante todo o caminho até chegar ao topo do hotel. Fernanda chegou ao topo ainda vendada e ouviu a musica linda e suave que saia do violino e tambem o vento fresco naquela linda noite de verão. Fernanda estava muito curiosa para saber o que Carol havia preparado para ela. Então chegando perto da mesa Carol tirou a venda de Fernanda abraçando-a por tras.

- Nossa meu amor!! Que lindo este lugar, essa música, essa mesa. Tudo perfeito. - Fernanda disse isso sorrindo e se virou para beijar Carol.

Carol estava um pouco nervosa com a ocasião pois havia preparado uma surpresa ainda maior para a namorada.

- Vem amor, senta. - disse Carol puxando a cadeira para Fernanda se sentar.

Fernanda sentou-se e Carol sentou-se de frente a ela.

- Então amor, hoje faz um ano que estamos juntas. Um ano de pura felicidade, de prazer, de amor e tenho certeza que vamos ainda comemorar muitos anos juntas. - disse Carol sorrindo.

- Sim meu amor! Esse um ano que passei ao seu lado foi o tempo mais feliz da minha vida. Nunca pensei que existisse tanta felicidade. Retrucou Fernanda sorrindo e sugurando a mão de Carol.

Nesse momento entrou um garçom com a comida. Ela havia pedido o prato preferido de ambas: Fetuccini com frutos do mar e molho branco. As duas se entreolharam e sorriram. Tiveram uma noite agradável, com boa música, boa conversa e boa comida.

- Amor, você tem que ver a vista daqui de cima. Chega alí mais perto do muro pra você ver. - Disse Carol a Fernanda, que em seguida se levandou e dirigiu-se para a mureta.

Nesse momento Carol remexeu na bolsa e tirou uma caixinha preta e uma folha de papel. Colocou a folha sobre a mesa com uma rosa vermelha que tambem havia retirado da bolsa, mas esta estava dentro de uma caixinha que Carol tratou logo de tirar e jogar fora. Então seguiu para onde Fernanda encontrava-se observando distraídamente as luzes da cidade. Então Carol abraçou Fernanda por tras com uma das mão e lhe disse ao pé do ouvido:

- As vezes eu fico pensando em toda a nossa história, desde o dia em que nos conhecemos na boate até os dias de hoje. Passamos por tanta coisa separadas e depois juntas. Eu agradeço a Deus todos os dias por ter te reencontrado, por Ele ter te colocado novamente na minha vida. Eu amo você com todas as minhas forças e hoje eu quero lhe entregar isso como um sinal do meu amor. - Disse Carol entregando a caixinha preta a Fernanda, que se surpreendeu e virou para olhar Carol nos olhos.

- Casa-se comigo? - perguntou Carol tentando não demonstrar o nervosismo mas com as mão geladas.

Fernanda abriu a caixinha e viu um par de alianças douradas. Eram grossas alianças de ouro e bem no centro era circulada por pequenas pedrinhas de diamante.

- Deus do céu! Exclamou Fernanda com uma das mãos na boca. Fernanda tremia e começou a chorar de tanta felicidade.

- Sim sim sim, mil vezes sim! O que eu mais quero na minha vida é ser sua mulher pra todo o sempre. Nunca pensei que me faria essa proposta. Te amo, te amo te amo.Carol desabou a chorar com a resposta de Fernanda que tambem chorava muito. Elas se abraçaram e se beijaram. Fernanda pulava de felicidade segurando a caixinha nas mãos e sorria em meio as lágrimas. Então Carol pegou uma das alianças e colocou no dedo da mão esquerda de Fernanda que logo depois fez o mesmo com Carol.

- Prometo te amar para sempre e ser sempre presente em todos os momentos de sua vida, sendo eles ruins ou bons. Sempre estarei ao seu lado. - Disse Carol segurando as mãos de Fernanda.

- Eu tambem prometo meu amor. Vou te amar e te apoiar, estarei ao seu lado para todo o sempre. - respondeu Fernanda.

As duas se beijaram por alguns minutos e Carol puxou Fernanda para a mesa.

- Esse papel amor, é um contrato de união estável. É o mais perto de um contrato de casamento que nós chegamos. - disse Carol.

- Ai amor, te amo tanto, mas tanto que não existem palavras suficientes para descrever com precisão esse sentimento. Vou assinar esse contrato agora com muito amor e com toda a certeza de que ele nunca vai ser desfeito pois meu amor por você nunca vai se esgotar. Mas amor, não precisamos de duas testemunhas?

- Sim amor, precisamos. E e aí que vem a proxima surpresa!
- Disse Carol sorrindo e olhando para a porta.

Fernanda tambem olhou naquela direção e viu seu amigo Gustavo e Julia passando pela porta. Fernanda não conseguia acreditar, começou a chorar como um bebê. Gustavo andou em direção a Carol e a abraçou agradecendo por ter o procurado e o convidado para fazer parte desse momento tão especial na vida de Fernanda. Logo depois foi em direção a Fernanda e parou em frente a ela dizendo:

- Vai me dar um abraço ou vai ficar aí só me olhando como uma boba? - disse isso sorrindo e abrindo os braços para abraçar Fernanda.

Os dois se abraçaram e Gustavo disse que estava muito feliz pelo casamento das duas e que sentia muitas saudades de Fernanda, ela o agradeceu por aparecer e dividir com ela esse momento mais do que especial em sua vida.
Julia havia ajudado Carol a encontrar Gustavo e o contou sobre a situação. Durante os
últimos três meses Julia, Carol e Gustavo estavam trocando telefonemas e emails para
preparar essa surpresa pra Fernanda.

Fernanda estava muito surpresa, e muito feliz em rever seu amigo Gustavo. Os dois conversaram e riram bastante, e Gustavo prometou nunca mais se afastar de Fernanda. Ele a contou que havia conhecido uma mulher e que estava a amando bastante, que um dia pretendia se casar com ela. Fernanda ficou muito feliz ao ficar sabendo que Gustavo havia encontrado alguem e estava feliz e ficou tambem muito curiosa em saber quem era.

- Quem é essa mulher Gu? Eu conheço? Como ela se chama?

- Sim, você a conhece e o nome dela é ...... Julia.

- O QUE????? essa Julia? Ex namorada da Carol? Como assim? Achei que ela gostava só de mulher?

- Eu sou um cara bem charmoso e consegui conquistar essa DEUSA.
- disse Gustavo rindo. - Quando começamos a nos comunicar para preparar essa surpresa para você junto com Carol. Julia e Eu descobrimos que temos muitas coisas em comum, temos muita química e nos entendemos muito bem. Estamos muito felizes juntos. - Ele disse e olhou para Julia que conversava com Carol do outro lado da mesa.

Carol sugeriu que todos assinassem o contrato e isso foi feito. Primeiro Carol e Fernanda, depois Julia e Gustavo como testemunhas.

Os quatro ficaram alí conversando e dançando ao som do violino por algumas horas. Depois decidiram encerrar a noite. Gu e Julia se despediram e sairam de mãos dadas e confirmando um novo encontro entre os quatro em breve.

Fernanda e Carol ainda ficaram alí dançando juntinhas ao som do violino por algum tempo antes de descerem para um dos quartos do hotel onde Carol havia preparado mais algumas surpresas e uma delas Carol usava por baixo do vestido.
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- Pai, pai, papai... Eu quero sorvete de chocolate.

- Tá bom Matheus, senta lá com sua mãe que já levo pra você.
- Disse Gu ao seu filho Matheus que acabara de completar 3 anos de idade.

- Vem com a mamãe Te. Ta gostando do bolo? - Perguntou Fe quando o pequeno Matheus pulou no seu colo.

- Mamãe Fe, cadê a mamãe K? - Perguntou Te com a boca cheia de bolo.

- Esta vindo logo alí filho com o seu presentinho de aniversário.

- Obaaaaa....
- Gritou Matheus contente largando o pedaço de bolo na mesa e correndo para abraçar Carol que segurava uma caixa grande nas mãos embrulhada com um papel de presente verde.

Matheus sentou-se no chão e rasgou o papel revelando seu presente. Um carro vermelho de controle remoto. O menino gritou e pulou, pois estava muito feliz com o presente.

O menino Matheus tinha os olhos de Carol, a inquietação de Gustavo e era tão carinhoso quanto Fernanda.

Um ano e pouco após o casamento de Carol e Fernanda, elas conversaram e decidiram que queriam ter um filho. Fernanda sempre sonhara em engravidar então disse a Carol que queria ter um filho dela e de Gustavo. No começo Carol não entendeu mas logo Fernanda explicou exatamente o que queria. Gustavo doaria o esperma, Carol os óvulos e a inseminação seria feita em seu útero. Carol se emocionou com a idéia e quando contaram a Gustavo o mesmo chorou de felicidade. Então o pequeno Matheus era filho dos três, e ainda tinha Julia como sua madrinha que o amava muito.

Os cinco se tornaram uma grande familia unida e muito, muito feliz.

DAR ... não é fazer ... AMOR

Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.

Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais.

Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.

Dar sem querer casar....
Sem querer apresentar pra mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.

Dar porque ela te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.


Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ela hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.

Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.

Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio.

Dar é não GANHAR.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que que cê acha amor?"

É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos...

Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.

Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar.
Experimente ser amado...
Experimente ser cuidado…
Experimente estar com quem topa tudo por você…
E tope tudo com ela…



Luís Fernando Veríssimo

Carol & Fernanda - parte 4

Fernanda estava no trabalho que não se aguentava de ansiedade, olhava para o relógio a todo minuto, contando o tempo para poder ir embora. Gu, ainda não sabia o que havia acontecido, Fernanda simplesmente disse a ele que tinha ficado um pouco para conversar com Carol, pois tinha tratado-a mal no dia da boate e queria esclarecer a situação. Gu, achou tudo muito estranho mas preferiu não questionar nada no momento, mesmo porque ele estava muito ocupado e Fe estava completamente aérea.

Carol quase não dormiu, ela ficara a noite inteira especulando como seria o jantar com Fernanda logo mais a noite. Carol queria que tudo corresse perfeitamente bem, ela fizera uma lista com tudo que precisava fazer naquela manhã, assim não esqueceria de nada. Carol praticamente decorara a lista de tantas vezes que leu em voz alta para si mesma andando de um lado para o outro da casa.

Primeiro: Escolher o perfume e a roupa perfeita. Afinal Fernanda é uma mulherona e eu não posso dar vexame. Será que vou de calça ou vestido? Segundo: Fazer a reserva no restaurante. Massa ou churrasco? Será que ela come carne? Ai meu Deus! OK, vai ser massa mesmo que é mais seguro. Terceiro: Flores. Ai Senhor ... será que ela gosta de flores? .. e assim Carol nem viu o tempo passar, de tanto que pensava. Quando deu por sí, já era quase meio dia, então ligou para o restaurante Italiano, e saiu para comprar umas flores. A roupa ela decidiria quando começasse a se arrumar.

As 17h Fernanda saiu correndo do trabalho e deixou Gu falando sozinho, simplesmente disse a ele que tinha um compromisso e que depois conversariam. Gu estava cada vez mais intrigado com essa história.

Fe chegou em casa tomou um banho e abriu o closet. Pegou seu vestido vermelho mais provocante, como fazia muito calor, ela decidiu por ele. O vestido era vermelho sangue, super decotado, as costas pelada e ia até a coxa, deixando o super corpo de Fe bem a mostra, ela calçou um scarpan preto, soltou os cabelos, colocou alguns acessórios prata e fez uma maquiagem bem leve, só para resaltar um pouco os olhos. Assim que terminou de se arrumar seu telefone toca, era Carol e o coração de Fernanda já estava a mil. Fernanda explicou direitinho pra Carol como chegar em sua casa e 10 minutos depois a campanhia toca. Fernanda se ajeita e vai abrir a porta.

- Meu Senhor! - Disse Carol completamente hipnotizada ao ver Fernanda na porta. - Você está um espetáculo. Será que eu mereço tudo isso?

- Meu senhor digo eu! Uau, você está maravilhosa!!
- disse Fernanda impressionada com a beleza de Carol.

Carol estava com um mini vestido preto, com um pequeno decote, com uma maquiagem que realçava seus olhos azuis e um sandália de salto alto preta trançada. As duas se olhavam nos olhos e sorriam. Carol então entregou a Fernanda o bouquet de rosas vermelhas que havia comprado. Fernanada ficou maravilhada e deu um longo abraço em Carol de agradecimento. O contato mecheu muito com as duas, que sentiam o perfume uma da outra de olhos fechados.

Quando Fernanda começou a se afastar, Carol a segurou pela cintura e puxou-lhe para um beijo. Carol beijava Fernanda tão intensamente que arrancava arrepios e gemidos de ambas. As duas ficaram se beijando ali na porta por alguns minutos, parecia até que não se viam por muito tempo.

- Nossa!!!! É melhor a gente sair logo antes que eu desista desse jantar e fique por aqui mesmo grudadinha com você. - Disse Carol ainda abraçada com Fernanda.

Fernanda beijou Carol novamente, dessa vez o beijo saiu ainda mais intenso. Fernanda desejava Carol mais que tudo naquele momento, então começou a passar as mãos pelo corpo de Carol que agora queimava de tesão. Carol empurrou Fernanda até a parede e com uma das mãos foi acariciando a coxa de Fernanda enquanto a beijava. Foi subindo a mão devagar por baixo do vestido até tocar-lhe o sexo por cima da calcinha de renda que Fernanda usava. Carol ainda acariciando o sexo de Fernanda por cima da calcinha começou a beijar-lhe o pescoço, o colo, com a outra mão abaixou uma alça do vestido vermelho e foi abaixando até revelar-lhe o seio. Carol sugou o seio de Fernanda com vontade e ao mesmo tempo continuava a acariciar-lhe o sexo. Fernanda gemia alto de prazer. Carol se sentia molhada de tesão e sentia sede de Fernanda. Queria sentir o gosto da mulher que amava e que estava se entregando a ela naquele momento. Carol não pensou duas vezes. Com as duas mãos segurou a calcinha de Fernanda e tirou devagar. Enquanto descia em direção ao sexo de Fernanda, Carol olhava-a nos olhos e aqueles segundos de olhar intenso só serviu para aumentar ainda mais a vontade de ambas. Carol ajoelhou aos pés de Fernanda levantou-lhe o vestido, dobrou o joelho a modo que Fernanda pudesse apoiar um dos pés sobre ele. Carol olhou para o sexo de Fernanda, que respirava a mil por hora, e o beijou. Foi roçando os lábios e sentiu o cheiro adocicado do sexo de Fernanda e sem conseguir conter o tesão, passou a lingua pelo clitoris de Fernanda que gemeu alto de prazer no momento do contato. Fernanda já não aguentando de tanto tesão segurou a cabeça de Carol, e a segurou para terminar o que havia começado. Carol adorou a atitude e finalmente mergulhou a lingua no sexo de Fernanda explorando cada pedacinho dele, beijando, sugando, lambendo, fazendo Fernanda rebolar e gemer, gemer muito alto de prazer. Em pouco tempo Fernanda chegou ao orgasmo e Carol também. Mesmo não sendo tocada Carol havia ficado tão louca de tesão com o gosto e os gemidos de Fernanda que quando a mesma praticamente gritou na hora do orgasmo Carol sentiu seu corpo tremer e o orgasmo veio de uma maneira que Carol nunca havia sentido antes.

Fernanda foi escorregando parede abaixo e sentou no chão com um grande sorriso nos lábios. Carol deitou nas pernas de Fernanda e tambem não conseguia tirar o sorriso do rosto, tamanha era a felicidade.

- Nossa!!! Hoje esta sendo o dia mais incrível da minha vida. Nunca me senti tão feliz e realizada. - Disse Carol olhando Fernanda nos olhos que tambem a olhava e lhe acariciava os cabelos.

- Posso dizer o mesmo. Nunca me senti tão feliz, e o dia ainda nem acabou.

- Sim sim. E eu estou morrendo de fome. Acho que deveríamos ir para o jantar.
- disse Carol se sentando.

- Tá certo! Vamos nessa então, deixa eu só me ajeitar alí no banheiro e retocar a maquiagem. - disse Fe sorrindo.

- Ta bom! Vou usar o outro banheiro e me arrumar também.
Chegaram ao lindo restaurante que Carol havia feito reservas e sentaram. Elas receberam olhares de cobiça de vários homens no local, mas as duas estavam tão concentradas uma na outra que mal notavam. Elas sentaram uma de frente pra outra e começaram a conversar sobre tudo, elas estavam querendo saber tudo que podiam uma sobre a outra, desde comida favorita até a maior decepção amorosa. Elas se olhavam fixamente nos olhos durante quase todo o jantar, e as vezes quando as pernas se tocavam por baixo da mesa, elas sentiam o corpo arrepiar e desejavam estar em um lugar mais reservado.

Quando estavam saindo do restaurante Fernanda escuta uma voz familiar chamando seu nome.

- Fe?? O que você está fazendo aqui? - Disse Gu aproximando-se de Fe e Carol.

- Ei Gu, que surpresa você aqui. É .... lembra da Carol? - disse Fe bastante sem graça.
- Lembro sim Fernanda. Essa é a morena que você beijou na boate, e nossa professora de Jump. - disse Gu em um tom irritado.

- Que isso Gustavo? Deixa de ser mal educado .... me mata de vergonha. - disse Fe irritada.

- Poxa Fe, qual é? 'Não entendo o que você está fazendo aqui com ela. Ainda mais vestida desse jeito. Parece que ta querendo conquistar alguém. Veio com o vestido de matadora. Como se precisasse disso ...

- Cala boca Gustavo!!
- disse Fe entre os dentes já vermelha em um misto de vergonha e raiva. - Como pode uma pessoa ser tão incoveniente, você é inacreditável.... olha, já estou de saída, vim para jantar e estou voltando para casa. Para com esse interrogatório ridículo e amanhã a gente conversa OK? Fala tanto que nem cumprimentei sua namorada. Ei Bia, tudo bem?

- Ela não é minha namorada.
- disse Gu antes que a garota Bia respondesse a pergunta de Fernanda.

Fernanda se sentiu envergonhada por Bia que estava super sem graça em pé atrás de Gustavo olhando para o chão. Fernanda decidiu não discutir mais com Gustavo e fazendo um sinal negativo com a cabeça saiu do restaurante. Carol saiu logo atrás de Fernanda e não trocou nem uma palavra com Gustavo.

Quando entraram no carro Carol não conseguiu segurar e perguntou a Fernanda se Gustavo era apaixonado por ela. Fe disse que não, que ele apenas não suportava não saber das coisas em primeira mão, e como ela não havia conversado com ele ainda, ele acabou ficando irritado. Carol decidiu não fazer mais perguntas mas não acreditava que era só isso, e estava morrendo de ciúmes e preocupação. As duas voltaram a conversar, falar sobre elas e sorrir até que 5 minutos depois o celular de Fernanda toca. Ela olha no visor e vê que é Gustavo, deixa tocar mais uma vez, respira fundo e decide atender:

- Fala Gu.

- Fe, estou indo para a sua casa agora. Bia ficou irritada comigo, jogou um copo de agua em minha cara e foi embora. Disse que sou um grosso, e que nunca mais quer me ver. Eu disse a ela que tudo bem e ela saiu marchando do restaurante. Estou no meu carro a caminho de sua casa. Não tem discussão. A gente se fala lá. Beijos tchau. - Disse isso e desligou o telefone.

Quando Fe pensou em dizer alguma coisa Gustavo já havia desligado o telefone. Ela ficou super nervosa, mas não sabia o que fazer, queria muito levar Carol pra casa e fazer amor com ela novamente mas infelizmente não seria dessa vez. Ela precisava ter uma conversa muito séria com Gustavo.

- Era o Gu. - Disse Fernanda sem graça. - Ele ta indo pra minha casa, disse que quer conversar comigo, não me deixou falar e simplesmente desligou o telefone na minha cara. Eu queria tanto ficar sozinha com você, mas infelizmente não vai poder ir pra minha casa. Gu vai aparecer lá e eu não estou pronta para que ele nos veja juntas em minha casa. Espero que entenda e, por favor, me desculpe.
Carol apenas escutou tudo com muita atenção sem tirar os olhos da estrada. Agora sim ela tinha certeza que o que Gu sentia por Fernanda não podia ser somente amizade. Estava morrendo de ciúmes, queria dizer a Fernanda o quanto ela não estava gostando dessa historia, mas Carol sabia que não tinha esse direito. Então chegando a porta do prédio de Fernanda, Carol se despediu dela com um selinho e disse que a veria no outro dia.

Fernanda ficou super abalada com a frieza de Carol. Queria ficar alí no carro com ela, queria faze-la entender, mas não daria tempo pois Gustavo chegaria a qualquer momento. Então Fernanda desceu do carro e entrou correndo em casa com o coração apertadinho. Dois minutos depois que fechou a porta, a campainha toca. Fernanda levantou do sofá, já sem o salto nos pés e foi abrir a porta.

- Você é foda Gustavo. Não podia esperar até amanhã para poder invadir minha privacidade? - disse Fernanda brava.

- Se eu não viesse aqui, você nunca iria conversar comigo. Ia ficar só me enrolando, dizendo que tava ocupada e blah blah blah. - disse Gu já entrando e indo sentar no sofá. - Primeiro lugar, porque tem andado tão misteriosa? Ta se encontrando com algum carinha e ta escondendo de mim? Segundo, porque estava jantando com a nossa professora de dança e ainda por cima usando este vestido?

- Nossa Gustavo, realmente eu não tenho vida particular né? Primeiro lugar, não estou misteriosa e não existe carinha algum. Segundo, eu tenho todo o direito do mundo de jantar com que eu quiser e principalmente de usar este vestido quando bem entender. E terceiro, não to entendendo esse seu interrogatório louco, parece até que ta com ciúmes.

- E se eu estiver com ciúmes Fernanda?
- disse Gu olhando Fernanda nos olhos, que agora estava sentada ao lado dele no sofá.

- Como assim?? O que você ta querendo dizer com isso Gustavo? Pelo amor de Deus, não vai me dizer que você ... você ...

- O que? Estou apaixonado por você?

- Esta?

- Não Fernanda.... Eu não estou apaixonado por você ...

- Ufa!
- pensou Fernanda um pouco mais alto do que deveria virando-se de costas para Gustavo.

- Eu te amo! - disse Gustavo segurando Fernanda pelo braço para que ela virasse de frente para ele.

- QUÊ? ... Mas ... Por quê? Quando? Como? Gustavo, por favor explica?

- Ah Fernanda, poxa, eu amo você faz o maior tempão e você nunca me deu bola. Cansei de fazer o papel do melhor amigo. Não me leve a mal, eu sou seu melhor amigo e você é minha melhor amiga mas eu quero mais, muito mais. Quero ser o cara que vai te fazer feliz, que vai dormir e acordar do seu lado entende? Eu a vi tão feliz, como nunca havia visto antes e fiquei com medo de perdê-la para outro.

- Gu, eu nem sei o que dizer ....

- Não diz nada ...
- Dizendo isso Gustavo a beijou.

Fernanda levou um susto enorme e tentou empurrar Gustavo, mas ele estava segurando-a com muita força, então ela deu uma mordida nos lábios dele que a soltou com um grito de dor.

- Ai ai ai ... isso doeu. Deve ta sangrando. - Disse Gu se afastando e olhando para os lábios para ver se tinha sangue.

- Que idéia foi essa de me beijar a força Gustavo, ta ficando maluco?

- Não to maluco Fe, só pensei que talvez você gostasse de me beijar. Que se sentisse o meu beijo notaria que tambem me ama.

- As coisas não são assim Gustavo, não se deve sair beijando as pessoas desse jeito. Olha, eu fico lisonjeada de saber que você gosta de mim tanto assim. Mas eu acho que você está confundindo as coisas.

- Não estou confundindo as coisas, eu simplesmente nunca tive a chance de me declarar para você. Sempre tive medo de perder sua amizade se o fisesse, entende. Mas eu não aguento mais ver você com outros caras sendo que eu sou o melhor para você.

- Gu, eu não queria que as coisas fossem desse jeito. Eu amo você, mas somente como amigo, nada além disso. Eu tinha outra coisa para te dizer mas agora nem sei mais se devo. Eu não quero perder meu melhor amigo, mas tambem não posso exigir que fique ao meu lado. Eu conheci uma pessoa Gu, e estou completamente apaixonada por ela. Eu não consigo mais me ver longe dela, eu nunca fui tão feliz. Talvez eu esteja ficando louca pois conheço essa pessoa faz muito pouco tempo, mas tem alguma coisa que me diz que essa pessoa é que vai estar do meu lado para sempre.


Gu ficou de boca aberta. Parou em silencio por alguns minutos, olhando para o nada pensando no que acabara de ouvir. Então respirou fundo e disse:

- Nossa, por essa eu realmente não esperava. Te confesso que me dói um pouco ouvir isso. Não por você estar feliz mas por eu não ser a causa dessa felicidade. Eu queria muito poder ficar do seu lado nesse momento, mas eu não vou conseguir assistir você se entregando para outra pessoa. Talvez eu esteja enganado mas eu acredito que você está se referindo a Carol, certo?

- Certo sim, eu nunca a esqueci desde o dia em que a conheci na boate. Eu tentei me livrar desse sentimento, mas não consegui. Eu pensava nela todos os dias o dia todo, e no dia em que a vi entrando na sala da academia meu coração quase explodiu de tanta felicidade pois eu já havia perdido a esperança de reencontra-la novamente.

- Eu percebi isso, mas eu não quis acreditar e fiquei fazendo o papel de quem não via nada. Eu nunca havia implicado com um namorado seu pois eu percebia que você não estava apaixonada por eles, mas hoje quando te vi com ela no restaurante vi nos olhares de vocês que estavam apaixonadas e isso me fez perder o controle. Por isso fiz aquela cena toda. Peço desculpas.

- Poxa Gu, pensei mesmo que você não tinha percebido. Bem, eu não quero perder sua amizade mas vou entender se precisar se afastar.

Gustavo caminhou até a porta de cabeça baixa e antes de sair disse: - Vou sentir sua falta Fe.
Fernanda não teve tempo de dizer mais nada, ela sabia que Gustavo iria sumir e que não o veria por um bom tempo. Ele havia comentado com ela sobre uma viajem que estava planejando fazer mas que não sabia quando faria então Fernanda imaginou que a hora seria agora. Fernanda sentou no sofá e logo pensou em Carol, queria tê-la alí perto para poder abraça-la pois estava se sentindo triste nesse momento. Assim que concluiu o pensamento o seu celular tocou. Era Carol.

- Ei, que bom que você ligou estava pensando em você. Queria que você estivesse aqui, Gu acabou de sair.

- Oi linda, se quiser eu posso ir para sua casa. Tambem queria estar com você, não sei porque mas me bateu uma sensação estranha de que você não estava bem por isso liguei.

- Você esta certa, não estou muito bem. Gu se declarou para mim, mas eu quero te contar isso tudo olhando nos seus olhos. Pode vir para minha casa?

- Claro Fe, to saindo de casa, beijos.
Carol saiu apressada de casa. Desde quando deixou Fernanda em casa, Carol não parou de pensar nela. Ficou preocupada, com medo de perder Fernanda mais uma vez. foi para casa e nem sequer trocou de roupa. Ficou andando de um lado para o outro na casa tentando imaginar o que poderia estar acontecendo entre Fernanda e Gustavo. Quando Carol cansou e se sentou ela sentiu um aperto no coração, uma sensação estranha e decidiu ligar para Fernanda. Ficou super feliz quando Fe pediu para que fosse até a casa dela.

Dez minutos depois que desligaram o telefone Carol estava na porta da casa de Fernanda. Quando Fernanda abriu a porta e viu Carol parada alí sentiu o coração aquecer e uma sensação de tranquilidade e paz tomou conta de seu corpo. Carol sorriu e Fernanda deu um abraço super apertado na mesma, como se estivesse com saudades.

- Que bom que você veio. Precisava tanto de te ver, você me passa uma paz tão grande. Tenho que conversar com você. Entra vem. - Fe disse isso e segurou a mão de Carol, guiando-a para o sofá.

Fernanda começou a falar e contou tudo o que aconteceu para Carol, que ouviu tudo em silencio. Quando Fe terminou Carol disse que Gu com certeza voltaria que só precisava de um tempo para colocar o coração dele no lugar e que ela sempre estaria ao lado de Fernanda.

- Carol, talvez vai me achar uma louca por dizer isso mas eu não consigo mais me ver longe de você. Todos esses meses em que não te vi serviram para que eu pudesse entender o que o amor é, e tudo que aconteceu hoje só serviu para confirmar que eu amo você e que não quero te perder.Carol não esperava ouvir isso de Fernanda, mas ficou muito, muito feliz com essa declaração, sentia tanta emoção que parecia não caber dentro de sí.

- Fe, voce não faz idéia do quanto eu estou feliz em ouvir isso. Eu te amo tanto, e tinha tanto medo de você não entender esse sentimento. Parece ser tão rápido, mas eu também não consigo mais me ver longe de você. Nunca mais vou ter perder Fe, nunca mais.As duas então se abraçaram longamente. Fernanda não conseguiu conter a emoção e chorava de felicidade. Então as duas se beijaram entre sorrisos e lágrimas.

Essa foi a primeira de incontáveis noites e manhãs que Carol e Fernanda domiram e acordaram juntas.
*Acompanhem o final da história de Carol e Fernanda
no último capítulo, novas revelações, vem por aí...*

Carol & Fernanda - parte 3

*No último capítulo Fernanda ficou em choque ao ver que Carol
(a mulher que andou pensando durante esses três meses depois daquela noite na boate)
seria sua nova professora de Jump.*
=====
- Boa noite Turma! - disse Carol assim que se recuperou do susto de ter dado de cara com Fernanada. Carol havia encontrado Gustavo na praia, mas os dois não se falaram. Eles apenas acenaram um para o outro de longe.

- Meu nome é Carol e eu sou a professora de vocês. Espero que estejam todos animados para as aulas. Ju, coloca a música aí e vamos começar.
Fernanda ainda não conseguia acreditar no que estava vendo. Carol estava alí na sua frente, ainda mais linda do que na primeira noite em que a viu.

Carol percebendo que Fernanda estava desacreditada deu um sorriso tímido para ela e começou com a aula.

Fernanda sentiu seu rosto corar depois do sorriso que Carol lhe deu. Sorriu de volta ainda sem acreditar no que estava acontecendo, mas incrivelmente feliz.

A aula correu super bem e no final Carol se despediu de todos com um grande sorriso e encorajando todos para a próxima aula. Ela se sentia muito feliz, não acreditava que finalmente tinha reencontrado Fernanda.

Fernanda ainda estava parada na sala enxugando o suor e ouvindo Gu reclamar que a aula tinha sido muito pesada e que ele tava mortinho, mas que mesmo assim estava animadão para a próxima. Fernanda ouvia mas não conseguia se concentrar na conversa pois não conseguia tirar os olhos de Carol.

- Vem Carol, você não vai voltar comigo pra casa? - Disse Julia.

- Pode ir Ju, tenho que resolver umas coisas, depois a gente se fala.
Julia notando a troca de olhares entre Carol e Fernanda, saiu da sala sem muitas perguntas já imaginando quem seria aquela mulher misteriosa.

- Vem Fê, vamo embora. Porque você ta enrolando tanto? Todo dia você me apressa para a gente ir embora cedo.

- Gu, pode ir andando, a gente se vê amanhã.

- Que isso Fernanda? Como assim a gente se vê amanhã? Você não vai embora comigo? Não to entendendo, o que mais você vai fazer aqui? A academia já está para fechar.

Fernanda se vira na direção de Gu e sem dizer uma palavra lança aquele olhar para ele que logo entende o recado e sai marchando porta a fora sem dizer mais nada mesmo querendo ficar.

Depois que todos sairam, Carol chamou Fernanda para conversar.

- Fernanda, posso falar com você por um minuto?

- Cla ...claro. Estou indo.
- disse Fernanda gaguejando e se ajeitando.

- Oi Carol, que bom te ver, achei que nunca mais te encontraria. - Disse Fernanda um pouco sem jeito.

- Ei Fê, nossa eu não consigo nem expressar com palavras o quanto eu estou surpresa em te ver. Não tem nada nesse mundo que eu desejasse mais do que isso. - Disse Carol um pouco timida.

- Olha Carol, me desculpe por ter saído daquele jeito da boate. Eu fiquei perdida, não sabia o que fazer, nunca havia sentindo aquilo e estava confusa. Fiquei tão arrependida de ter dito aquilo pra você. Espero que possa me perdoar um dia. - Disse Fernanda com um ar triste.

- Confesso que fiquei super triste com o que você disse, mas depois do susto eu pensei bem e entendi que você poderia estar perdida. Eu queria muito ter conversado com você. Mas olhe, você não precisa me pedir desculpas. Está tudo bem, eu não sinto raiva ou guardo magoas de você, muito pelo contrário. - Disse Carol um pouco emocionada.

As duas ficaram olhando uma para a outra e acabaram sorrindo sem graça. Elas não queriam sair da presença uma da outra.

- Fê, eu não sei se deveria, mas eu não consigo me segurar e eu ainda tenho muito o que conversar com você. Você aceita jantar comigo amanhã?

- Jantar? Claro!
- Disse Fernanda surpresa. - Eu adoraria jantar com você. Também acho que temos muito o que conversar.

- Ótimo! Posso te pegar na sua casa às 19:30h?

- Perfeito! Está aqui o meu cartão com o número do meu telefone. Me liga antes de sair da sua casa que eu te passo o endereço
. - Disse Fernanda transbordando alegria.

As duas estavam super excitadas com esse jantar e a felicidade estava exalando de ambas.

- Bem, acho melhor eu ir. Ta ficando tarde já. - Disse Fernanda.

- Ta certo. - Respondeu Carol

As duas foram uma em direção a outra para se despedirem. Carol pegou no rosto de Fernanda e beijou-a na bochecha. Fernanda fechou os olhos e puxou Carol para um abraço que também durou um pouco mais do que o normal. Ambas sentiram o corpo arrepiar e a respiraçao ficar um pouco mais ofegante.

Elas se soltaram e Fernanda saiu da sala com um sorriso no rosto já pensando no jantar do outro dia. Ela mal conseguia conter sua felicidade enquanto se dirigia para o vestiário para tomar um banho antes de ir para casa.

Carol ficou na sala sozinha, olhando para o nada e com um imenso sorriso nos lábios. Ela não acreditava que havia reencontrado Fernanda e que iriam jantar no dia seguinte. - Agora eu tenho o telefone dela, essa mulher não vai mais fugir de mim. - dizia Carol para si mesma. Depois que percebeu que estava falando sozinha, deu uma risada e saiu da sala.

Fernanda havia acabado de tomar um banho quente e estava de toalha em frente ao espelho penteando o cabelo. Ela só sabia pensar em Carol e havia decidido dar uma chance para esse sentimento. Decidiu que não iria evitar nada, que o que tivesse que acontecer iria acontecer, que faria tudo que o coração mandasse.

De repente a porta se abre e Fernanda vê o reflexo de Carol no espelho. Ela vira para trás e vê Carol olhando para ela com um brilho no olhar. Ao perceber que Fernanda havia notado que ela a olhava fascinada Carol sentiu vergonha e virou para o lado.

- Desculpe Fe, não era minha intenção te olhar assim.

- Não precisa se virar Carol, está tudo bem.
- Disse Fernanda sentindo o corpo esquentar e se aproximando de Carol.

Carol voltou a olhar para Fernanda e viu que a mesma estava mais próxima dela. Imediatamente sentiu um desejo enorme de tocar Fernanda, de beijá-la.

Carol deixou a mochila no chão e deu um passo em direção a Fernanda, olhando-a nos olhos. Fernanda via a intenção nos olhos de Carol e sentiu o fogo que estava dentro de sí aumentar exponencialmente. Agora Carol também viu o desejo nos olhos de Fernanda e não hesitou em colar o corpo no dela. As duas estavam uma de frente para a outra tão próximas que o nariz de uma quase tocava o da outra. Carol sentiu o hálito de Fernanda em sua boca e isso a fez perder o controle. Carol puxou Fernanda pela cintura e a beijou. Assim que seus lábios se tocaram o fôlego de ambas acabou. No mesmo momento a respiração ficou ofegante e o desejo era visível em ambas. Fernanda dessa vez se deixou levar completamente pelo desejo. Passou os braços ao redor do pescoço de Carol e a beijou com vontade, sentindo com intensidade cada detalhe do beijo de Carol. Esta, por sua vez parou de beijar a boca de Fernanda e começou a beijar-lhe o pescoço, passando a lingua e dando-lhe leves mordidas na orelha. Aquilo estava deixando Fernanda enlouquecida. Ela esqueceu onde estava e começou a gemer. Carol começou a empurrar Fernanda para perto de um dos chuveiros. Quando entrou em um deles Carol fechou a porta e tirou a toalha de Fernanda. Fernanda não a impediu, ela simplesmente deixou acontecer, se deixou controlar pelos seus instintos e tirou a camisa de Carol. Carol ligou o chuveiro e deixou a agua quente cair sobre as duas. Carol acariciava o corpo de Fernanda e a mesma soltava vários gemidos de prazer. Carol girou Fernanda fazendo-a ficar de frente para a parede e de costas para ela. Assim, Carol pegou Fernanda pelo cabelo puxando-os levemente pra traz, e com a outra mão acariciava os seios de Fernanda que agora gemia mais alto. Carol foi descendo a mão devagar até chegar ao sexo de Fernanda que no momento do contado deu uma mordida no labio inferior e gemeu um pouco mais alto. Fernanda estava totalmente consumida pelo tesão, já não conseguia pensar em nada, só naquele momento. A cada movimento de Carol, sendo das mãos ou do corpo que estava colado no seu, Fermanda sentia uma nova onda de tesão. Fernanda estava totalmente ciente dos seios de Carol roçando em suas costas, da lingua e dos lábios da mesma em seu pescoço e principalmete da mão dela acariciando seu sexo. Fernanda se mexia, rebolava, fazia de tudo para intensificar aquele contado. Carol percebendo que Fernanda já estava louca com aquilo tudo intensificou o carinho e após alguns minutos Fernanda chegou ao orgasmo com um gemido alto. Carol girou Fernanda de frente para ela novamente e lhe beijou, mas dessa vez o beijo demonstrava mais do que simplesmente tesão. Esse beijo foi o beijo mais apaixonado que Carol ou Fernanda havia dado ou recebido de alguém. Ambas naquele momento sentiram o amor que havia nascido três meses atrás na boate, e agora fora intensificado com aquele contato.

As duas ficaram se beijando por alguns minutos, elas sorriam muito e pareciam não acreditar no que tinha acabado de acontecer. Carol desligou o chuveiro e começou a enxugar Fernanda, que a olhava fixamente.

- Isso nunca aconteceu comigo antes. Nunca havia perdido o controle com ninguem, mas com você é diferente. Parece que eu pertenço a você. - Disse Fernanda enquanto Carol enxugava seus cabelos.

- Eu também tenho essa sensação, e quando te conheci na boate naquela noite eu já tive a certeza de que você era quem eu procurei todos esses anos de minha vida. Eu definitivamente não quero te perder de novo. - respondeu Carol emocionada.

As duas se beijaram novamente, um beijo de duas mulheres apaixonadas. Fernanda ficou tão emocionada com o beijou que não conseguiu segurar uma lágrima de felicidade que teimou em cair. Elas se vestiram e sairam da academia lado a lado, ainda sem conseguir tirar o grande sorriso do rosto tamanha era a felicidade.

- Te busco então amanhã as 19:30h? - disse Carol enquanto Fernanda abria a porta de seu carro para poder ir embora.

Fernanda deixou a porta aberta e encostou na porta traseira do carro, segurou as mão de Carol e disse:

- Sim! Me liga que eu te explico direitinho como chegar à minha casa. Não quero que se perca no caminho.
Carol sorriu e beijou Fernanda, despedindo-se.
* Esse encontro promete...*

Carol & Fernanda - parte 2

*Na manhã seguinte...*


- Fe... Fernanadaa .. Acordaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!
- Hummm ... Sai daqui Gustavo, me deixa quieta. Não dormi muito bem. E você? O que esta fazendo aqui ainda?

- Fiquei preocupado com você né amiga. Poxa, te ouvi chorar por horas e pra dizer a verdade eu não consigo entender o porque desse choro. Foi porque aquela morena LINDA te agarrou a força na boate? Bem que ela podia ter feito isso comigo ... nossa ia ser demais!!

- CALA A BOCA GU!!! Que saco, vai fica me enchendo com essa história pra sempre??? Vai embora vai. Me deixa sozinha. Tenho muito o que fazer. - Fernanda sentiu um aperto tão grande no peito de imaginar Carol beijando seu amigo Gu, que ela teve gritar com ele. Por algum motivo que ela ainda não sabia qual era, ela não conseguia suportar a idea de ver Carol beijando outra pessoa.

- Ta bom Fe, estou vendo que você precisa de um tempo. Se precisar de mim é só ligar. Beijos. Fui. - disse Gustavo um pouco chateado. Fernanda nunca gritara com ele dessa maneira antes.

Fernanda estava atordoada, completamente perdida sem saber o que realmente estava sentindo. Ela sentia falta de Carol, queria poder falar com ela mas tambem se lembrava de todas as coisas que Gu disse a ela no carro e ficara se sentindo mal, como se tivesse cometido um pecado muito grave.

- Porque eu gostei tanto daquele beijo? Porque a imagem de Carol não me sai da cabeça? O toque de suas mãos, o gosto de sua boca ... - Ao pensar isso Fernanda sentiu seu corpo arrepiar. Isso era uma coisa que estava se tornando frequente. Fernanda se levantou e decidiu que não adiantava ficar procurando explicações para o que aconteceu. De qualquer maneira ela nunca mais iria ver Carol, pois não sabia nada da morena. Esse pensamento trouxe lágrimas aos olhos de Fernanda que novamente deitou na cama e se encolheu.

Carol estava inconsolável. Ela não conseguia entender o que havia acontecido e muito menos conseguia entender porque estava sofrendo tanto por alguem que ela mal conhecia. Mas ela sentia que aquela mulher não sairia de sua cabeça. Não tão cedo.

A morena Carol tinha 25 anos, cabelos castanhos e lisos até a altura do ombro, olhos azuis e um corpo super sarado. Carol era professora de Power Jump e lutadora de Muay Thai. Carol tinha uma vida super tranquila, era lésbica assumida e todos os seus amigos e familiares sabiam de sua condição. Carol sempre sonhou em ter aquele amor arrasador, que abala as estruturas, que cega e ao mesmo tempo ilumina. Seu ultimo namoro durou 2 anos, foi um namoro bem tranquilo, sem muitas emoções e tambem sem muito amor. Era mais uma amizade do que um namoro em sí. E por esse fato elas decidiram terminar, mas continuavam sendo melhores amigas. Julia, ex namorada e melhor amiga de Carol, era compalheira de Muay Thai e estava sempre ao lado de Carol em todos os momentos.

O dia seguinte ao do acontecido na boate foi bem complicado. A realização que ela talvez nunca mais veria Fernanda, pois elas não chegaram a trocar os numeros de telefone, nem msn, nem email. A única coisa que Carol sabia de Fernanda era o nome.

Carol sabia que não havia muito o que fazer. Ela só encontraria Fernanda com muita sorte. Então decidiu ligar para Julia e contar a ela tudo o que aconteceu. Julia ficou besta com a história mas aconselhou Carol a tentar esquecer Fernanda.

- Ju, eu acho que essa era a mulher que eu sempre procurei. Desde o momento que eu a ví naquela boate eu não consegui mais tirar os olhos dela. Ela não me sai do pensamento e é como se eu tivesse colado uma foto dela dentro das minhas palpebras, pois toda vez que fecho os olhos eu vejo a imagem dela.

- Aiii Carol, você sempre se apaixonando pelas pessoas erradas. Como você acha que vai conseguir encontrar essa mulher novamente?

- Bem, isso eu não sei. Mas tenho certeza que de alguma forma eu vou encontrá-la. Nossos destinos estão entrelaçados. Eu sinto isso. Cedo ou tarde a gente vai se ver.

- Só você mesmo Carol! Bem, espero que você não se machuque muito nesse caminho. E sempre que precisar de um ombro, saiba que estou aqui.

- Obrigada Ju, você é meu anjo da guarda!

Fernanda passou o domingo deitada na cama, pensando. E decidiu que teria que esquecer aquele beijo de qualquer maneira.

Três meses se passaram e Fernanda seguia na sua rotina. Trabalho, academia e casa. Nos finas de semana ou ficava em casa ou encontrava-se com Gu para ir ao cinema, ou a algum barzinho próximo a sua casa. Durante todo esse tempo, Fernanda sempre lembrava de Carol e se perguntava se a mesma pensava nela, se talvez algum dia elas iriam se encontrar de novo. Fernanda começou a reparar mais nas mulheres que a rodiava, e as vezes ficava impressionada com outras que via na rua. Durante esses tres meses Fernanda descobriu e entendeu que tambem se sentia atraída por mulheres, mas que só tentaria alguma coisa se fosse com Carol, mesmo porque, isso era muito pouco provável. Fernanda vivia imaginando como seria estar novamente com Carol.

Carol tambem seguia a sua rotina. Trabalho, e as aulas de Muay Thai. Carol sempre ia a boate onde encontrara Fernanda com a esperança de vê la novamente, mas não dava sorte e sempre voltava pra casa triste por pensar que Fernanda havia se esquecido dela.

Um dia Carol estava distraída, pensando na vida quando seu chefe lhe chamou:

- Carol, vem aqui por favor.

- Oi chefinho, do que precisa?

- Eu preciso te dar uma notícia, que pode ser boa ou ruim. Depende do jeito que você olha para ela.

- Eita, diz logo chefe que já to ficando agoniada.

- Eu vou ser obrigado a vender a academia. Vou me mudar para o Paraná e as pessoas que compraram vão acabar com as aulas de Power Jump.

- O que? Mas porque? E agora?? To desempregada? Meu Deus, o que eu vou fazer?

- Calma Carol, calma. Eu não te deixaria na mão assim. Eu te arrumei um emprego na academia de um amigo meu. Já ta garantido. Ele vai abrir uma turma de Power Jump lá e você vai ser a professora. Já vai poder começar semana que vem.

- Nossa chefe, obrigada por pensar em mim. Já estava com o coração na mão. Mas isso pode ser uma coisa boa, mudar de ares, conhecer gente nova. Talvez seja exatamente o que estou precisando. Um bom desafio.

- Com certeza vai ser muito bom pra você. Tenho certeza que vai adorar o lugar, e não é muito longe daqui. Toma! Aqui nesse papel ta o endereço da academia, o nome e o telefone do meu amigo Pedro. Liga pra ele e agenda uma conversa, para vocês acertarem tudo.

- OK! Obrigada mais uma vez. Boa sorte e tudo de bom pra você no Paraná. Mande lembranças.

- Obrigado Carol!

Carol no começo ficou assustada, mas logo se empolgou com o novo desafio. Ia ligar no mesmo instante para convesar com Pedro.

- Fê, tenho uma novidade ótima. - disse Gu bastante empolgado.

- Que foi Gu? O que de tão bom aconteceu? - disse Fernanda um pouco entendiada.

- Vão abrir aulas de Power Jump aqui na academia. Vamos fazer? Simmmmm!

- Ai Gu, você é tão empolgado as vezes que até me cansa. - Disse Fernanda rindo.

- Deixa de ser aborrecida Fernanda. Vamo lá fazer a matricula, eu sei que você quer fazer. A gente sempre falou sobre isso.

- Ta OK senhor Gustavo. Vamos fazer a matricula. Acho que vai ser bacana. To me cansando já do spinning.

- Ótimo! As aulas começam semana que vem. E por favor senhorita Fernanda, melhora essa cara de angú azedo tá?? Afff. - disse Gustavo sério e logo depois caindo na gargalhada.

- Você é um idiota - disse Fernanda em meio a risadas. - Vamo lá matricular e depois vou pra casa. Estou muito cansada.

- Ta bom sua velhinha. Vamo vamo.

- Alô? Julia? ... Oi amiga, fui conversar o Pedro. Foi tudo ótimo. Começo na segunda-feira.

- Que bom Carol, fico muito feliz! Vai ser muito bom pra você mudar de ares, conhecer pessoas novas. Quem sabe econtra uma gatinha lá e tira essa tal Fernanda de vez da cabeça.

- Aff Ju, não quero saber de mulher. Eu só quero trabalhar. Não consigo nem olhar pra outras mulheres. Você sabe muito bem disso. Mas mudando de assunto, o que vamos fazer amanhã? Não quero ficar em casa no sabadão.

- Isso aí mulher!! Vamos na praia? Disse no jornal que vai estar super quente amanhã. Vamo?? Você ta muito branquela. hahaha

- Branquela é a vovózinha ow...haha ... Mas, vamos na praia sim, faz um tempo já que não vou. Ta combinado.

- Odeio segunda-feira - disse Gustavo fazendo uma careta. - Espero mesmo que essa aula de Power Jump seja boa. Tô animadão.

- No dia que você não estiver animado com alguma coisa é capaz de ta chovendo canivete. Aff .. eu to cansada, to quase desistindo dessa aula. - Disse Fernanda sentada no chão da sala esperando que a professora chegasse.

- Cala a boca Fernanda, você é uma chata desanimada. Mudando de assunto, você não sabe quem eu encontrei na praia sábado, deveria ter ido comigo. Adivinha quem??? Você vai ...

- Carol????? - disse Fernanda para ela mesma.

- Como você sabe? To besta. - Disse Gu toltalmente surperso.

Fernanda simplesmente se levantou e girou a cabeça de Gu para frente para que ele visse do que ela estava se referindo. Gustavo ficou de boca aberta ao ver Carol parada na frente da classe olhando fixamente para Fernanda, que fazia o mesmo e tambem não conseguia tirar os olhos de Carol.








*Veja o que acontece desse encontro no próximo capítulo...*


Carol & Fernanda - parte 1

A maioria das pessoas aos 23 anos de idade já tiveram um grande amor, daqueles que tira a razão e nos faz cometer loucuras. Mas ao contrário dessas pessoas, Fernanda nunca tinha vivido um amor assim, nem nada que chegasse perto disso, e essa era a única coisa que Fernada queria e não tinha.

Fernanda apesar da pouca idade é uma mulher que já tem seu próprio apartamento, proprio carro, um emprego estável e que lhe da um salário que a garante ter o melhor de todas as coisas. Além disso Fernanda é uma mulher linda, com longos cabelos pretos e olhos cor de mel, e um corpo torneado pelas aulas de spinning.

Por sua beleza, Fernanda sempre teve muitos homens aos seus pés, e algumas mulheres também, mas ela nunca teve interesse em envolver-se com mulheres. Só no último ano, Fernada teve três namorados. Um pra cada três meses. Por pouca paciência com as idéias e conversa boba de todos ela acabou sempre terminando o namoro. Fernanda já estava ficando cansada dessa vida e já perdia as esperanças de um dia se apaixonar, pensava que seria uma mulher sozinha por toda a vida.

No dia do seu aniversário de 24 anos, Fernanda decidiu que iria sair de casa e ir para uma balada. Normalmente não gostava de baladas, mas achou que o jeito que sempre fazia não estava funcionando e resolveu mudar.

- Gu, hojé é meu aniversário e eu quero ir pra melhor balada que vc conhece. Quero virar a noite dançando. Onde nós vamos?

- Isso aí Fe, conheço uma balada muito boa, você vai adorar. Essa noite promete!

Gustavo era o melhor amigo de Fernanda, aquele para todos os momentos. É um homem muito charmoso, perfumado e adora se cuidar, mas para Fernanda tudo que ele tem de bonito ele tem de incoveninte. Um cara baladeiro que apesar dos seus 28 anos de idade, e ao contrário de Fernanda, só quer se divertir, nada de amores.

A noite veio e Fernanda marcou de encontrar com Gustavo na porta da boate. Chegando lá, ele já esperava por ela na fila.

- Ei Fe, que bom te ver, você esta linda, arrasando como sempre!

- Oi Gu, obrigada amigo! mas me diz aí. como é essa boate?

- Então Fe, como você disse que queria dançar, eu te trouxe pra uma boate GLS, que é a melhor boate pra dançar nessa cidade. E como eu sei que você não é uma mulher preconceituosa, tomei a liberdade de te trazer aqui.

- Ótimo!! O importante é a música ... como você disse, hoje a noite promete!! sorriu Fernanda.

Ficaram na fila por uns minutos e entraram. Fernanda achou tudo muito bonito lá dentro. A boate tinha dois ambientes, a parte por onde entraram tocava somente música eletrônica e no andar de cima tocava um pouco de tudo.

Os dois ficaram no andar de cima dançando muito e tomando umas cervejas. Muitas mulheres chegavam em Fernanda, pedindo lhe beijos e dizendo que esta era muito linda, e Fernanda sempre dava a mesma resposta.

- Obrigada, mas sou hetero. Estou aqui pra curtir a música e dançar.

Gustavo a olhava e ria de sua amiga que tentava escapar das cantadas.

Gustavo logo avistou uma morena que encantou seus olhos. Mesmo estando em uma boate GLS, ele sempre tentava ficar com alguma mulher. Então quando a morena chegou mais perto ele chamou a atenção dela e disse:

- Ei morena, o que faço pra ganhar um beijo seu? - A morena sorriu e respondeu:

- Você não acha que está no lugar errado pra ganhar beijo de mulher? Mas se tiver querendo mesmo um beijo aquele cara alí não para de olhar pra você. - disse isso entre risadas e Gustavo só retribuiu o sorriso e balançou a cabeça em sinal negativo.

A morena caminhou para perto de Fernanda e disse apontando para Gustavo que andava pela boate cantando todas.

- Ele é seu amigo? - Fernanda sem entender nada, respondeu: - É sim, por quê?

- Vocês dois estão arrasando corações aqui ein! Todos os homens da boate olhando pra ele e todas as mulheres olhando pra você. Todo mundo interessado nos dois heteros da boate.

- Que isso... como você sabe que eu sou hetero?

- Não tenho certeza, mas você não é como as outras mulheres daqui. E também, você já deu fora na metade da população feminina da boate.

- Hun, você estava me observando?

- Confesso que sim. Mas também, é difícil não reparar em você.

- Já até sei o porque. Aposto que sou a mulher mais bonita que você já viu na vida.

- Na verdade não. Você não é a mulher mais bonita que eu já vi na vida. Tem alguma coisa no seu olhar que me chamou atenção. Mas to vendo que você já ficou irritada com a mulherada. Eu vou te deixar quietinha então. Não quero estragar sua noite.

- Não, espera! É que eu pensei que você ia me cantar como todas as outras mulheres que passaram perto de mim nessa boate. Me diz o que você viu no meu olhar.

- É dificil dizer com certeza. Mas parece que você está procurando alguma coisa.

A morena como em um impulso, pegou no rosto de Fernanda, movendo a franja que lhe tapava un dos olhos para coloca-la atrás da orelha, e disse:

- Tem um olhar inquieto.

Fernanda sentiu o seu corpo arrepiar com o toque da morena. Sentiu um frio no estômago, como nunca tinha sentido antes. Quando voltou em si, a morena a olhava fixamente nos olhos e dizia: - Tem um olhar inquieto.

Fernanda abaixou os olhos timida e disse a morena que ela não se sentia muito feliz. Que estava sozinha, e que naquele momento estava procurando alguma coisa que lhe trouxesse de novo a felicidade. A morena escutava tudo com muita atenção e em um momento ela segurou nas mãos de Fernanda a puxou para mais perto de si e disse em seu ouvido:

- A felicidade está onde a gente menos espera. O que a gente mais procura sempre aparece para nós de uma maneira bastante diferente daquela que a gente pensa. Nós só temos que estar abertos para o que a vida nos oferece e perceber as dicas que ela nos dá. Muitas vezes ficamos tão focados em uma coisa, que quando vem outra a gente rejeita, sem saber que aquilo sempre foi o que precisávamos só que em uma forma diferente daquela que sonhavamos.

Fernanda sentia o coração acelerado, e o folego lhe faltava com todo aquele contato. Ela ouvia com atenção cada palavra que a morena dizia, e sentia um arrepio cada vez que sentia a respiração da morena em seu pescoço.

A morena se afastou e Fernanda imediatamente sentiu falta daquele contato. Pela primeira vez em sua vida estava sentindo essa necessidade de ter alguém perto, e por algum motivo esse alguem era uma mulher.

A morena não entendendo o silêncio de Fernanda achou melhor ir embora.

- Bem, vou te deixar a vontade, mas antes vou me apresentar. - disse sorrindo. - Meu nome é Carol, foi um prazer te conhecer.

- Nossa, o prazer foi meu. O meu nome é Fernanda. - Dizendo isso Fernanda estendeu a mão, que Carol pegou e a puxou para dar 3 beijinhos. O corpo de Fernanda extremecia a cada beijo e quando meio que sem querer o terceiro beijo pegou bem no cantinho da boca, Fernanda inconcientemente fechou os olhos e respirou bem fundo como se lhe tivesse faltado o ar.

Carol se afastou devagar e sorriu para Fernanda já se afastando. Fernanda ficou paralisada vendo a morena indo embora e sentiu o coração apertatinho como se estivesse perdendo algo muito importante.

Gu chegou perto da amiga falando um monte de todos os foras que ele havia levado alí dentro, sem perceber que Fernanda estava paralisada olhando para o nada.

- Fê? O que você está olhando amiga? Viu algum gatinho?

- Ahn? que? não não Gu. Me da uma licensinha que vou ali no bar pegar outra cerveja, está muito calor aqui preciso me refrescar. - Gu sem entender simplesmente se afastou e voltou a rodar pela boate.

Ao chegar no bar Fernanda avistou a morena Carol e seu coração disparou. Fernanda não entendia o que estava acontecendo, mas sentia uma vontade muito grande de ficar perto da morena. Assim Fernanda comprou uma cerveja, respirou fundo e se aproximou da morena que estava sozinha encostada no bar.

- Oi! Porque não está dançando? - disse Fernanda completamente sem graça e logo se sentindo uma idiota por ter feito uma pergunta tão estúpida. Mas a morena Carol apenas sorriu e se aproximando de Fernanda disse:

- Eu estava somente esperando por uma compahia. - Assim Carol puxou Fernanda para perto de sí e começaram a dançar coladinhas no ritmo daquele forrozinho oportuno que havia começado a tocar.

Fernanda estava hipnotizada com o perfume da morena, sentia um arrepio cada vez que a morena respirava em seu pescoço. Aquele contato tão íntimo estava mechendo com os instintos de Fernanda que dançava com os olhos fechados.

Carol fazendo um movimento calculado ficou testa a testa com Fernanda. Carol sentia seu coração bater muito forte e um desejo quase incontrolável de beijar aquela linda mulher que acabara de conhecer.

Como em um impulso, Carol parou de dançar e puxou Fernanda pela cintura olhando-a nos olhos. Fernanda olhava Carol nos olhos e parecia que seu coração iria pular para fora do peito. A morena passou a mão delicadamente pelo rosto de Fernanda, e lentamente foi se aproximando para um beijo.

Fernanda sentia seu rosto queimar com o toque da morena, já podia sentir o hálito quente da morena na sua boca, e isso lhe causava arrepios e a deixava com as pernas bambas. Quando os lábios da morena tocaram os seus, Fernanda sentiu um frio na barriga e um prazer que lhe era desconhecido. Fernanda já não conseguia mais pensar em nada, simplesmente queria curtir aquele delicioso beijo que já estava lhe deixando molhada.

Fernanda estava completamente imersa naquele beijo. O coração à mil por hora, todos os sentidos estavam a flor da pele e sua respiração era tão forte que soltava pequenos gemidos quando sua boca se afastava um pouco da de Carol. Ela sentia seu corpo queimando de tanto tesão e já se sentia completamente molhada.

Carol beijava Fernanda como se fosse o último beijo entre as duas. Sentia urgência em sentir o gosto do beijo de Fernanda e com uma das mãos lhe segurava o cabelo. A outra mão segurava Fernanda pela cintura como se tivesse medo que ela se afastasse. O corpo de Carol reagia a cada som que Fernanda emitia, a cada movimento de seu corpo, como se estivesse memorizando cada gesto. Carol estava totalmente entorpecida com tudo aquilo, estava eufórica e muito, muito excitada. Ela podia sentir o líquido escorrendo entre as pernas.

Gu estava meio perdido na boate, bastante desapontado por não ter conseguido ficar com alguém. Estava rodando procurando Fernanda quando se deparou com a cena que ele jamais poderia esperar. Nem em sonho ele conseguira ver uma cena tão maravilhosa como aquela. Duas semi-deusas em um beijo tão gostoso que já havia pláteia de boca aberta assistindo aquilo. Ele conseguiu identificar a morena que havia conversado, mas com a distância não conseguira ver o rosto da outra mulher. Elas estavam tão próximas que pareciam ser uma só. Gustavo foi se aproximando com curiosidade, queria ver de perto quem era a outra mulher e quando chegou a uma distancia onde pode identificar quem a morena estava beijando seu queixo caiu e ele horrorizado vendo sua melhor amiga se agarrando com outra mulher, gritou o mais alto que pode:

- FERNANDAAA!!!!!!!!!! O QUE VC ESTÁ FAZENDO?????

Com o susto Fernanda se soltou de Carol e logo voltou a realidade daquele momento. Viu a cara de espanto de seu amigo e ficou constrangida, e com medo do que havia feito. Sem pensar ela começou a correr para fora da boate, seguida por Gustavo. Ao tentar sair os seguranças os barraram pois tinham que pagar a comanda. Nesse momento Carol os alcançou e tentou conversar com Fernanda, mas a mesma não queria ouvi-la.

- Fê, vamos conversar? Por favor?

- NÃO, me deixe em paz, não fale mais comigo, eu não quero ouvir. Por favor nunca mais fale comigo. Não devia ter feito isso. - disse Fernanda visivelmente descontrolada e em prantos.

Carol se afastou e sumiu de vista.

Durante todo o caminho até sua casa, Fernada não emitiu som. Enquanto isso Gustavo tagarelava dirigindo o carro de Fernanda pois a mesma não tinha condições. - Tô de boca aberta Fê..... O que aconteceu? Nossa, nem posso imaginar.... bem, na verdade, de longe a cena foi uma delicia. Duas lindas mulheres beijando-se daquele jeito... parecia ate que vocês estavam super apaixonadas. Mas porque você a beijou? Imagino que ela deve ter te agarrado a força, mas porque você não gritou? Bateu nela? - E Gustavo continuou nesse monólogo por uns 15m até chegarem na casa de Fernanda. O tempo todo Fernanda só conseguiu ver o rosto de dor de Carol no momento em que disse a ela para nunca mais lhe direcionar a palavra.

Essa cena machucava-a mais do que qualquer coisa, ela nunca havia sentido uma dor tão forte como aquela, mas não conseguia entender o que realmente acontecera naquela noite.









*continua no próximo capítulo...*

NOTA DE REPÚDIO

Às vezes a vida nos apronta cada uma!

Eu sei que em qualquer canto do mundo que eu for (mesmo que eu ache errado, ou quisera eu que não fosse assim), mais eu sei que em cada lugar que eu for, vou presenciar algum tipo de discriminação ou preconceito (por "n" fatores) sejam eles por cor, raça, credo ou orientação sexual... É quisera mesmo que eu estivesse errada, pois sonho com o dia em que não haverá mais preconceito, pois como o próprio nome diz: é um "pré-conceito" que temos e não nos deixa conhecer a fundo.

Assim que cheguei à São Paulo, disse à minhas amigas que não queria que ficasse "tão na cara" que sou lésbica, não que eu tenha vergonha de ser lésbica (o que aliás é Ø), mais queria deixar meu "eu" pessoal, bem longe do ambiente de trabalho, porque mesmo a gente querendo ou não, ainda existe preconceito no trabalho!

Então, eu tento (tentava) "disfarçar". Só que tem uma coisa dentro de mim que diz que posso disfarçar, mais não mentir... Então, se alguém chega e pergunta: "-Você é lésbica?" vou dizer: "-Sim, eu sou. Algum problema em relação à isso!" Mais não vou escrever na testa nem nada parecido!

Aconteceu em um dia de trabalho normal (eu diria), sentei-me e estava conversando com uma menina, sobre o sistema do trabalho e alguns assuntos fora do ambiente de trabalho... eu tinha recortado uma matéria do jornal que estava falando sobre um casal de lésbica que tinham adotado uma criança (aqui em SP), e tinha alguns comentários, uns a favor, dizendo: "toda criança tem direito à um lar com amor!", "não se deve negar o direito à casais homossexuais de adotarem um filho!"... e claro, tinha uns comentários contra "a justiça não deveria ter dado a guarda de uma criança para lésbicas criarem, pois estão colocando em risco a própria criança de ser um homossexual" O que eu, deixo bem claro que discordo dessa pessoa ignorante que falou tamanha barbaridade!

Enfim, a menina viu a matéria e conversamos sobre o assunto, ela falou que era contra, que conhece alguns "gay's", mas acha que é pecado. E no meio da conversa ela falou algo que quase me fez VOMITAR; nossa, como alguém, que diz amar Deus, vai a igreja todos os dias pode ter dito algo como aquilo?! Ela encheu a boca para falar e disse:

"-Se hoje eu tivesse um filho (ou filha) e fosse homossexual, eu perderia o contato com esta pessoa, deixaria de amar, deixaria de conversar e não faria mais parte da vida dessa pessoa, ingrata!"

Eu questionei com ela:

"-Mesmo depois de você ter amado, ter criado, dado educação, seu filho, você abandonaria simplesmente porque ele (ou ela) gosta de alguém do mesmo sexo?!"

"-Sim, e não teria nenhum remorso quanto à isso!"

"-Você está dizendo que a pessoa deixaria de ser seu filho?"

"-INFELIZMENTE deixar de ser meu filho, não vai... Pai sempre vai ser pai, mãe e filho sempre vão ser mãe e filho. Mais eu esqueceria, deixaria de amar. É como se não existisse mais!"

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Ah! Gente, fala sério... Como alguém pode dizer isso, depois que diz que Deus é pai, que segue a Deus... e vai na igreja e tudo mais... Deixar de amar seu próprio filho porque ele (ou ela) é homossexual?

Deixo aqui minha INDIGNAÇÃO... Hoje, eu não consigo mais conversar com esta pessoa! Sempre sento o mais longe possível, como vou "compactuar" com alguém que tem esse pensamento?
Não sou ninguém para julgar, mais não a quero nem como amiga!