Pesquise na » LAGOA «

:: O sonho ::

Não sei se foi um sonho, ou se realmente aconteceu e minha imaginação trabalhou para que eu visse... Mas principalmente, sentisse!

Lembro de ter acordado cedo, mas tão cedo que ainda era noite e pude ouvir os sons da noite deitada na cama. Mas a melhor parte mesmo foi quando senti um braço ao redor da minha cintura e seu corpo relaxado, mas colado em mim por trás, senti uma respiração no meu pescoço como de alguém que dorme calmamente, tentei me mexer na cama e instintivamente seu abraço me apertou, mesmo sem você acordar...

E eu sorri!

Consegui devagar me virar e olhar para você. Tinha um sorriso feliz no rosto, como se estivesse sonhando com algo bom, algo realmente muito bom... Fiz um carinho de leve em seu rosto, nos seus cabelos e você gemeu como que reclamando do inesperado contato e com isso, ganhou um beijo. Seu rosto voltou a ficar sereno e com sorriso, mas você ainda dormia confortável e tranquilamente ao meu lado.

Suspirei fundo de felicidade, tê-la ali ao meu lado, na cama, dormindo sorrindo e feliz... E assim, adormeci novamente, admirando seu sorriso enquanto dormia, velando seu sono.

Acordei algumas horas depois, o sol já batia na janela, os passarinhos já não cantavam, mas os motores e as vozes me fizeram ter certeza que já era tarde, muito tarde. Olhei no relógio e com grande susto percebi que eram nove horas da manhã...

Foi quando me lembrei do sonho (ou da imaginação), lembrei de você dormindo agarrada em mim, lembrei do sorriso que vi estampado em sua face enquanto dormia e lembrei do beijo roubado na madrugada.

E isso me deixou triste...

Triste por perceber que foi apenas um sonho, não era verdade, não tinha sido... Afinal eu estava sozinha na cama como sempre. E como ficar deitada me fazia lembrar ainda mais do sonho que pareceu tão real, mas não era... Então me levantei.


E maior foi minha surpresa quando olhei para escrivaninha ao lado da cama e ver um papel dobrado ao meio, escrito apenas "Para você", em uma linda caligrafia, inclinada e de uma forma um tanto quanto itálica. Peguei o papel e abri com cuidado para ler o que estava escrito:
"- Tive uma noite maravilhosa com você em meus braços... E que seja para sempre assim... De hoje em diante! Não a acordei pois não tive coragem, estava com uma expressão tão doce e tranquila, parecia desfrutar de um lindo sonho."
E no rodapé do bilhete, algumas flores desenhadas e uma frase:

"Flores para você... Tenha um bom dia!"

É...
Foi de verdade!
Sem perceber eu estava sorrindo. E assim, iniciou meu novo dia!

Minha "PERFECT SLAVE"


21hs.
Primeira badalada do relógio: começou um verdadeiro temporal do lado de fora.
Segunda badalada: você ainda tinha alguns segundos enquanto o relógio batia, mas nada naquele momento me fazia acreditar que cumpriria com o horário.
Com o wisk na mão, sentei-me em minha poltrona e aguardei o seu retorno enquanto o relógio bateu a última badalada, marcando enfim o seu atraso.

~ Algumas horas antes (...)


O dia começou muito bem, não a vi ao acordar, porém meu meu café da manhã já estava no criado ao lado da cama. Tomei meu banho, me vesti, desci as escadas e encontrei-a na cozinha já arrumando as louças do café.

Há mais de um mês não saíamos mais atrasada de casa. E tinha algumas semanas que eu já não precisava castigá-la e isso, me deixava com um excelente humor.

Antes de sair de casa, segurei seu braço e ordenei:

- Ajoelhe aqui. Agora olhe para mim e responda quando eu perguntar. ordenei à você. - Quando foi  que recebeu sua última punição?
- Quando eu deixei a temperatura da banheira abaixo do ideal, fazem 42 dias Senhora.
- E qual foi a punição que você recebeu?
- Fiquei sem jantar Senhora.
- Acredita que mereceu a punição?
- Sim Senhora, não prestei atenção e na hora de executar minha obrigação fiz errado, a Senhora fez certo em me castigar para que eu prestasse mais atenção e não errasse novamente, sinto muito Senhora. - Dizendo isso você abaixou a cabeça.
- Olhe para mim. (...) Faz exatamente isso, 42 dias que não preciso lhe punir, 42 dias que você tem andado na linha. Comprei um agrado para você usar durante o dia no seu horário de trabalho. Feche os olhos e preste bem atenção no que vou dizer: 'Quero que use TODOS OS DIAS quando sair de casa'.
Frisei bem 'todos os dias'. Após colocar a coleira em seu pescoço disse:
- Levante e olhe no espelho. Gostou?
- É lindo Senhora, tudo o que a Senhora gosta eu adoro.
- Você vai usar esta coleira todos os dias quando sair de casa, se algum dia eu disser que não é para usar, somente nesta ocasião quero vê-la sem.
- Como todos animais de estimação usam uma coleira para mostrar que tem donos, a partir de hoje, você usará esta coleira todos os dias quando sair de casa e, se algum dia eu a vir na rua sem a coleira, farei com que se arrependa de não tê-la usado. Entendido?
- Sim Senhora, muito obrigada.
- Quero que as pessoas saibam que você tem uma dona. E se por acaso alguém lhe perguntar o significado você dirá exatamente isso: "minha dona gosta de me ver encoleirada, por isso uso uma coleira com seu nome".

Sem que eu precisasse dizer nada, você ajoelhou, beijou meus pés e depois minhas mãos em sinal de agradecimento.

(...) minutos mais tarde a deixei na porta do seu trabalho, antes de descer do carro, como de costume, você beijou minha mão e saiu. Por volta das 10hs da manhã, recebi uma ligação sua, surpresa, afinal você só ligava ao meio dia, educada como sempre disse:

- Senhora, desculpe-me ligar nesse horário, gostaria de lhe fazer um pedido. Se o horário não for lhe for inconveniente.
- Diga, mas seja breve, tenho um compromisso em seguida.
- Gostaria de pedir permissão para jantar com uns amigos depois do trabalho.
- Vou pensar, respondi e desliguei o telefone sem esperar resposta.

Pensei naquele pedido, claro que você nunca ia a lugar algum sem a minha permissão, era parte do nosso contrato. Eu tinha planos para aquela tarde e provavelmente chegaria em casa mais tarde do que o normal, mas não respondi naquele momento. Sabia que com certeza você ligaria de novo, afinal, todos os dias antes de almoçar você sempre ligava.

E meio dia (em ponto) o telefone tocou:

- Boa tarde Senhora! Estou ligando para informar que acabo de sair para almoçar.
- Coma menos carboidrato hoje.
- Sim Senhora.
- Algo mais?
- Gostaria de saber se tenho permissão para ir no jantar logo mais a noite.
- Porque você quer ir nesse jantar?
- Se for do agrado da senhora, gostaria de ir no jantar pois hoje é o aniversário da Dra. Daniela e meus colegas do serviço querem fazer uma confraternização.

Eu já sabia qual resposta daria, mas quis fazer suspense. Então alguns segundos depois eu disse:

- Você tem minha autorização para ir no jantar.
- Muito obrigada senhora.
- Entretanto... Chegarei às 21hs e quero você esteja me esperando sentada no sofá e de pernas cruzadas.
- Estarei lá senhora.
Como você nunca desligava o telefone antes de mim, aguardou que eu desligasse. E assim seguiu o restante do dia.


Impreterivelmente as 20:50 hs cheguei em casa e você não estava lá.

Deixei minha bolsa na mesa, fui até o quarto vesti o roupão de seda, calcei chinelo, peguei o chicote e voltei para o bar, preparei minha bebida, tomei um gole ainda no bar e então me sentei na poltrona.

De pernas cruzadas, chinelo balançando no pé e a bebida na mão foi assim que aguardei até que você chegasse.



Vinte minutos depois, a porta abriu e você entrou toda molhada, sem que eu sequer lhe dirigisse o olhar, assim que trancou a porta, você se ajoelhou aos meus pés e me pediu perdão pelo atraso.

Sim. Eu podia lhe perdoar, afinal estava chovendo, mas se eu perdoasse um erro, quantas vezes mais você erraria? Quantas vezes mais me deixaria esperando? Então tudo o que eu disse foi:

- Cale-se! - E lhe dei uma leve chicotada para que você aprendesse que só poderia falar quando eu lhe desse permissão para tal.

No mesmo instante, você abaixou os olhos como eu ensinei, linda como você era, estava virando uma mulher perfeita adestrada dessa forma, minha querida 'slave'. Terminei meu wisk, descruzei e cruzei as pernas e mandei que me olhasse. Ah! Aquele olhar. Não era medo, mas respeito. Sim, você tinha aprendido. Então eu disse:

- Permiti que fosse no jantar com seus amigos e me lembro de ter dito que era para estar em casa quando eu chegasse.

De uma forma tão natural como era para você obedecer, era para mim dar ordens, então ordenei:



- Levante e me sirva outro wisk.


Lindamente você se levantou, preparou o wisk, colocou dois cubos de gelo, como eu gostava, voltou me entregou a bebida e sem me olhar, voltou a se ajoelhar aos meus pés. Bebi o wisk, pousei o copo ao lado da poltrona e perguntei com um sorriso irônico nos lábios:

- Como você acha que devo te punir?


Claro, nesse quesito, você já estava bem adestrada, já tinha levado muita chicotada por falar quando não lhe era permitido e continuou olhando para o chão.

- Olhe para mim! - Eu ordenei.

E passei os dedos em teu rosto, segurei firme em teu queixo deixando marcas das minhas unhas e disse:

- Fique em pé.

Você obedeceu sem questionar.

- Agora, tire suas roupas levante os braços e coloque as mãos na cabeça.

Quando você estava tirando o sapato mandei que ficasse com eles. Apreciei a vista, você nua em minha frente, com as mãos na cabeça, apenas de scarpin. Levantei do sofá, deixei o chicote na poltrona enquanto segurava meu drink. Com a outra mão ergui sua cabeça para que me olhasse nos olhos e disse:

- Você está 20 minutos atrasada. - Mais um gole no wisk continuei. - Receberá uma chicotada por cada minuto.

Terminei a bebida, deixei o copo na poltrona e peguei o chicote. Foi com muito prazer e satisfação que lhe dei aquelas chicotadas. Meu sangue estava fervendo, mas não poderia deixar que aquilo acontecesse de novo. Depois que terminei perguntei:

- Vai se atrasar mais alguma vez?
Sem uma lágrima perdida sequer no rosto você respondeu:
- Não, nunca mais senhora.

Cheguei perto do seu ouvido e disse:

- Ótimo, odeio esperar.

Fiquei alguns segundos olhando para você, e disse:

- Agora saia da minha frente! Vá preparar a banheira. Quero meu banho com sais.


E mais uma vez (porque será que faço isso?): Fazendo da 'Lagoa' meu confessionário...

Não sei exatamente o que escrever. Mas to sentindo vontade de deixar os dedos dedilharem o teclado e escreverem o que eles mesmo quiserem, sem pensar, sem questionar o porquê...

(...)

Alguns (muitos) anos atrás meu pai foi embora, na época ele tinha mais dois filhos com a (então) atual esposa dele. Ele mudou de cidade e nunca mais nos falamos, coisa que naquele começo foi bem difícil, porque meu pai era para mim o "super pai herói" (como acho que é para muita filha / filho).
Lembro das vezes em que ele parava o tiozinho do picolé (vulgo picolézeiro) e deixava que nós (eu, meus primos e meus vizinhos) pegássemos quantos picolés quiséssemos. E os passeios para andar de bike / patins e todos os meus gostos que ele sempre fez.
E o fato dele ter ido embora, nunca ligado, deixou em mim uma marca muito grande, profunda. Só eu sei o tanto que senti falta, talvez, as pessoas que conviviam comigo naquela época soubesse, tenha percebido, mas não me lembro se alguém alguma vez comentou alguma coisa.
O fato é que, alguns anos depois disso, eu já namorava, já levava uma vida diferente daquela menina de quando ele tinha ido embora, mas aquela falta, aquele buraco que ele deixou nunca foi (novamente) preenchido. Então, ouvindo um e outro, resolvi escutar alguns conselhos e liguei para ele, e ouvi uma frase que ficou cravada no peito durante MUITOS anos, qual frase? Ah! sim: "eu não tenho nenhuma filha em Campo Grande!" (como assim, o que eu era "então"?).
Posso dizer com toda certeza, ouvir aquilo doeu muito mais de quando ele tinha ido embora, doeu mais do que a vez que ele me bateu e doeu muito mais ainda por eu ter passado por cima de um orgulho que eu tinha para ter ligado. Foi uma das piores frases que ouvi na vida, mas né. A vida continua; e continuou!

(...)

Anos mais tarde, ele voltou para a cidade, não por livre e espontânea vontade, mas porque alguém o trouxe, porque ele, os filhos e a mulher dele estavam passando uma situação bem crítica na cidade, então o irmão dele o trouxe de volta. Mas aí é que entra o problema (o GRANDE problema!), que ele tinha problemas com cigarros / bebida isso eu sempre soube, porque assim como tenho na memória a imagem do picolézeiro da minha infância, lembro também as vezes em que ele vontade para casa (do bar) trançando as pernas de bêbado, (e também) das confusões que ele arrumava porque sempre bebia demais, e eu não sei se de certa forma me tornei / sou (um pouco (ou muito)) amarga por ele ter ido embora, por nunca ter me procurado, por ter dito que eu não era filha, por 'n' motivos, ... O fato é: quando ele voltou, eu não conseguia reconhecer naquele homem debilitado por seu vício o meu pai, aquele homem que um dia num passado (que parecia MUITO distante) me levou nos parques, para andar de bike, me levou para conhecer o Pantanal, viajou comigo várias (e várias vezes). Aquele, era um estranho (e porque, ah! Claro né... Eu não podia me sentir mal, triste e tudo mais mesmo que tenha ouvido que não era filha dele).
O perdão, você esquece... Mas naquela época, eu não conseguia perdoar e continuei vivendo minha vida, que acabou me levando para bem longe da cidade. Anos mais tarde quando eu finalmente voltei, de novo (e de novo) veio a cobrança das outras pessoas "é teu pai, está doente e precisa de auxílio!".

(...)

Tá! Mas e quanto a mim? Eu era MESMO obrigada a ouvir as coisas e ficar calada e aceitar numa boa porque ele "era meu pai?" Não e não, né! Mas (a vida / destino / Deus / a história) assim quis e acabamos nos reaproximando (novamente). E, esse nosso encontro, posso dizer que não choveu rosas e flores... Foram lágrimas, cobranças e descarrego. Tirei tudo fora o que estava no meu peito, lavei a alma (como dizem), falei tudo aquilo que eu guardei durante o que? (dez anos!? Muito tempo para guardar as coisas dentro de si, não é não?!) Eu chorei, ele também... Mas mesmo assim, ainda ofereci ajuda, se ele quisesse sair daquela vida que estava levando, se quisesse mudar, melhorar, eu ajudaria. Não obtive resposta dele, continuei no rumo da minha vida... E de novo, nos encontramos, lembro bem desse encontro, porque (acho) que o que eu tinha falado para ele, causou algum impacto, ele foi me ver, e ali estava ele, da mesma forma que eu me lembrava de quando ele tinha ido embora, bonito (gordo, aparência saudável), não bebia há meses... Senti orgulho (naquele momento). Chorei, mas dessa vez, as lágrimas eram de alegria. Não tinha muito como recuperar o tempo perdido, dez anos não eram bem dez dias... E alguns dias depois, ele se entregou novamente ao vício.
Tentei, argumentei, falei que ajudaria, mas nada... Ele dizia: "quero morrer e vou beber até o último dia da minha vida!".

(...)

Como ajudar alguém que não quer se ajudar?! Como?? (...) Esse foi realmente um grande dilema e desta vez, eu simplesmente deixei de mão, saí de fininho, argumentei e ele não quis ouvir, então falei "não vou ficar aqui e tentar ajudar quem não quer ser ajudado, vou dar apoio aos seus filhos, coisa que você deveria fazer, não se preocupe comigo, eu não mudo mais, já to calejada, mas eles, são crianças e precisam da presença do pai na vida deles... É isso mesmo que quer ensinar como certo para eles? Morrer de tanto beber dentro de um bar?" E aquela, foi nossa última conversa.

(...)

A perda...

.
.
.

O que falar quando se perde algo precioso, algo valioso? No meu coração eu já tinha perdido (e duas vezes)... Achei que não me abalaria, demorei a chorar, demorei a sentir, mas quando deixei as emoções tomarem conta, chorei (e não foi pouco), senti muito, me culpei muito mais... Afinal, nossa última conversa não tinha sido lá tão amigável. E o pior de tudo isso, foi passar por este momento sozinha, as pessoas sempre me viram como forte "você é forte, você é corajosa!" (sempre ouvi isso), mas o que algumas nunca percebeu que sou sim, não nego, mas que eu também preciso de um ombro amigo para chorar, também preciso de alguém que me faça carinho, que cuide, que se preocupe, tanto quero mostrar que não sou tão forte assim e também quero ter o direito de... de ser fraca (e ponto!). Eu choro (e MUITO!).
O dia foi tranquilo, amigável, mas lá no fundo, apesar de todas as risadas que dei hoje, eu senti uma falta incrível, afinal, hoje ele faria aniversário... Mas de quem afinal eu sinto falta?

(...)

Aí esta o ponto, estou de luto, triste e (acho) que sempre vou sentir falta é daquele lá atrás... Aquele que eu entrava embaixo do tanque e pegava um graveto e "fingia" conversar no telefone com ele e quando saía de lá eu falava: "Vó faz macarrão que meu pai vem almoçar hoje!" (e ele estava viajando, geralmente tinha um mês ou mais, e às vezes ficávamos uma semana sem nos falar), mas... Chegava a hora do almoço e ele entrava em casa falando: "dona Salvadora sobrou comida para eu almoçar? Estou com fome!"

Neste momento? As lágrimas rolam... E rolam soltas lembrando dessas cenas. E por esta pessoa que estou de luto, por esta pessoa que choro. Não foi um final muito bom, pelo menos eu nunca vi aquele como um final merecido, mas...

Sentirei saudades (sempre). Saudades eterna, mas é hora da despedida:
Descanse em paz...


Não, eu não quero um amor! (não ainda...)



Como eu disse definitivamente eu não quero um amor, ah não mesmo (não ainda)... Eu quero muita coisa antes do amor (e talvez) esse seja o meu erro, mas não vou desistir, não até encontrar!




Quero primeiro olhar nos olhos, conversar, me encantar e rir...

Me sentir envergonhada, chegar bem de mansinho, perder a timidez e, e... Ah não... E voltar a estaca zero (ahhh... Porque eu vou ter vergonha nessa hora), então tentar de novo - olhar, rir - e dessa vez conversar. Ah! E que conversa...


Trocar sorrisos (como se fosse uma maratona de quem ri mais), compartilhar histórias, viver momentos... Flertar, ah!! Sim, isso mesmo flertar!

Um, dois, três (talvez quatro) encontros ou passeios, momentos ao ar livre, cinema compartilhado... E então o passear de mãos dadas, ah sim!



Passear de mãos dadas...

Nesse estágio é algo tão gostoso, o toque, a sensação dos dedos ENTRELAÇADOS...



E claro, o BEIJO!



E depois tem o apresentar aos amigos, claro, os amigos fazem parte das nossas vidas, nada melhor que compartilhar então bons momentos, acontecimentos e claro, pessoas que aos poucos estão se tornando especiais.



Fazer as malas, viajar juntas... Pegar estrada, conhecer uma praia, castelinhos na areia da areia... Escrever meu nome e o dela. Nosso nome juntos.



Um revigorante banho de cachoeira, sem esquecer (é claro) de deitar na grama, admirar as estrelas e tentar ver animais nas nuvens, os risos serão intermináveis, as histórias também...


Quero dar a chave da minha casa para ela vir quando sentir vontade... Convida-la para jantar e fazer um jantar à luz de velas. E num dia de sol, almoçar na piscina.

Apresentar para a família, levar ela para conhecer minha avó, meus sobrinhos... E ser apresentada a família dela, conhecer minha sogra e cunhadas (os) (será?).

Rir muito e conversar mais ainda... Fazer planos, realizar sonhos. Flertar pelos risos, troca de olhares e mãos dadas... Sim, é isso o que eu quero!!




E só então, depois de tudo isso... Chamar de amor. Para que ela seja verdadeiramente o meu AMOR. Porque eu tenho certeza, depois de tudo isso (tantas histórias vividas e risos compartilhados) assim como eu a terei cativado, ela vai ter feito o mesmo comigo e, então seremos única uma para a outra em milhões e milhões de estrelas. E ela, conhecerá meus passos e saberá sempre quando estou chegando.




Mas eu acho que é isso tudo é exatamente o que as pessoas NÃO querem. No meu ponto de vista, já querem pular para a parte do amor, sem passar por nada disso antes. Se um dia encontrar, vou fazer funcionar (e vai dar certo!)




~ Lya Campozano

Sobre alguma coisa (o que?!)... Mudanças!!

Alguma mulher que goste de poesias, livros e troque qualquer balada por um teatro, cinema ou ainda uma agradável conversa no café!?



Alguém que não queira conquistar / nem (tampouco) ser conquistada, mas que ainda preze a boa e velha conversa, o flerte, os risos envergonhados, a troca de olhares, e...!?

Alguém que tenha mais livros do que roupas, que prefira muito mais receber os amigos em casa, viajar juntas e não gastar apenas com bebidas e cigarros!?

E principalmente, que não troque o verdadeiro 'bom dia' pelo falso 'eu te amo'!?

(...)

Alguém que não te chame de gostosa, mas sim linda... Não que outro não seja bom ouvir, mas também, não é o principal, para tudo tem a hora (local e momento) certo.


________________________________________

Acho que sou dos tempos antigos... Ou de um tempo que (parece que) não volta mais... ~ Eu ainda:
"deito na grama, corro na chuva, admiro a lua e as estrelas, sonho acordada e acordo sonhando, e sim, ainda vejo bichinhos (e formas) nas nuvens deitada na grama. Eu prefiro viajar a gastar o dinheiro com festas e bebedeiras, prefiro ainda o bom e velho flerte, aquela troca gostosa de olhar... Sou de um tempo em que namoros não vinham do dia para a noite, mas também não terminam de uma hora pra outra".


(...) 


E se alguém, ler até aqui e, mesmo assim (ainda) quiser conversar, me chame...



Beijos. ;)




Éh!! A vida muda... E muda mesmo!!

Depois de um tempo você percebe que tudo muda, as coisas ao seu redor mudaram e você não se eu conta.

Lembro quando eu me apaixonei por você, eram flores e risos...


Eu chegava em casa e você me esperava com um sorriso nos lábios, queria saber como tinha sido o meu dia e como eu tinha resolvido aquele problema do dia anterior que tinha me deixado com dor de cabeça. E eu contava para você, eu ria muitas vezes das caretas que você fazia quando algo estranho tinha acontecido.

E depois, de nossa conversa, eu falava e você também... Eu ia tomar meu banho, relaxar um pouco o corpo. Algumas vezes você entrava comigo e ficávamos lá, as vezes conversando, rindo, outras vezes uma fazendo massagem na outra e ainda é claro, às vezes como qualquer casal, fazíamos amor. Esquecíamos a hora ali nós duas daquela forma.

Os dias marcados pelos compromissos, mas as noites, eram nossas, só eu e você...

Mas as coisas mudam, né!?

(...)

Eu menti para muitos quando disse que não tinha reparado em você. Porque no momento em que você sorriu (claro que não foi para mim, não nos conhecíamos), mas no momento exato em que você sorriu, eu me apaixonei... Mas eu sabia é claro, você era a mais 'requisitada', todas queriam que você fosse nas festas, todas queriam a sua companhia, todas queriam um mínimo segundo de sua atenção.

E você, por ser 'popular', amiga, carismática geralmente aceitava aos convites...

E foi no meio de tudo isso que um dia, em ma festa (eu iria dizer qualquer, mas nunca foi qualquer), em uma destas festas que eu a vi pela primeira vez. Sabia que você era amiga de uma amiga e estava ali porque a dona da festa tinha lhe convidado, como eu também sabia (porque minha amiga havia dito) que a dona da festa estava investindo em (como ela mesma disse) "uma relação sólida e duradoura com você".

Engraçado como são as pessoas, não é?! Eu nunca imaginei que ali, naquele lugar, naquela festa, eu encontraria a pessoa que me deixaria completa e indubitavelmente apaixonada. Mas você estava lá...

No fim da noite, tínhamos trocado algumas poucas palavras, estávamos na mesma mesa (a da aniversariante, risos "irônico não?!"). Não falamos diretamente eu e você em nenhum momento naquela noite, o que fez com que algumas das pessoas presente naquela festa, durante um longo tempo mexessem conosco, por termos ficado juntas.

(...)

Foi em um encontro casual, nada programado. Um dia cansativo, exaustivo na verdade... Muita coisa para fazer, pouco tempo para entregar, foi tudo muito puxado, como diz o pessoal 'arrancou nosso couro', mas felizmente, depois de longos 25 dias, conseguimos entregar o produto e com tudo pronto, todo mundo feliz, só restava a todos uma saidinha básica para comemorar.

Ali, rindo e conversando com o pessoal do serviço, uns tirando sarro dos outros eu a vi, como sempre a via nas festas, sozinha em um canto, mas desta vez, você estava lendo, pela distância e as pessoas a minha frente, eu não conseguia ver o nome do autor. Soube depois, mais tarde naquele mesmo dia que era Caio Fernando de Abreu.

A conversa se tornou automática, eu não conseguia me desligar daquele canto em que você estava, presa em seu próprio mundo. Sem se importar com as pessoas ao seu redor, sem se importar com o barulho, gritarias... Você estava em um mundo (parecia) impossível de alcançar.

Com todos indo embora, se despedindo para iniciarem um longo e merecido feirado prolongado, fomos nos despedindo, parte da equipe organizaram uma viagem para um lugar quente, outros iam aproveitar a neve para esportes radicais, uma semana antes, no trabalho, rodaram varias listas de possíveis roteiros em grupo, muitos saíram juntos, poucos levariam esposas / maridos. De todas as listas, não quis assinar meu nome em nenhuma delas, estava mais querendo descansar mesmo, sem agitos, sem festas, sem bagunça... Até mesmo as meninas haviam programado uma festa no feriado, mas eu recusei o convite dizendo que desta vez ficaria na cidade.

Todos foram embora, cada um para seus devidos programas e eu fiquei ali, observando-a de longe, não sei se eu olhar fez com que você percebesse (ou sentisse) o fato é que você ergueu os olhos e me viu... E sorriu (novamente) eu ainda não sabia (ou sabia e não queria aceitar), mas eu estava realmente apaixonada por você.

Alguns minutos depois, você se sentava na mesma em que eu estava, eu havia pedido uma bebida quente, o frio naqueles dias estava quase insuportável. Você chegou perto e sorriu perguntando se podia se sentar comigo. Acho que eu fiz aquela cara de abobada e respondi que sim...

É literalmente as coisas mudam mesmo...

(...)

Hoje, pensando bem, acho que eu não teria ido até sua mesa, não teria levantado dali e consequentemente não teria vivido tudo o que vivi ao teu lado. (ou teria) Será que teríamos outra (s) oportunidade (s) de nos encontrarmos?

Quem pergunta: "Mas como foi? ... Como aconteceu?" eu costumo responder que naquela noite teu sorriso me fez companhia, que eu esqueci até o frio... Conversamos sobre muitas coisas, inclusive sobre as festas, as amigas em comum que tínhamos. Até sobre especialidades culinárias nós conversamos e foi nesse momento quando eu disse:

- Vou fazer lasanha de berinjela (sim, eu adoro o prato). Você disse:
- Adoro lasanha ainda mais de berinjela.

É claro que fiz o convite para que fosse almoçar comigo, disse onde morava mas não levei muito à sério que você iria, acho que fiz o convite por educação mesmo (claro que eu queria que você fosse).

No final da noite, quando nos despedimos, em um pedaço de guardanapo eu anotei meu telefone e disse:

- Se quiser provar a lasanha de berinjela venha a minha casa por volta das 12hs. Dei beijo em teu rosto e sai.

(...)

Lembro do dia seguinte, eu na cozinha preparando o prato, tinha ate me esquecido de que tinha feito o convite para você, acho que para não me decepcionar ou algo do tipo. Por volta das 11hs, meu telefone tocou um número desconhecido, atendi logo no segundo toque e ouvi tua voz do outro lado.

- O convite ainda está de pé? Você disse a região que mora, mas não passou o endereço, então eu não sabia se era ou não verdade!
- Não, está sim... (foi meio que gaguejando que eu respondi).

Passei o endereço, subi correndo para tomar banho (ficar mais apresentável), voltei para a cozinha e o prato sairia no horário previsto. Não demorou muito para que você chegasse após a ligação, abri o portão e sorte que pode deixar o carro na garagem pois estava uma chuva forte (ainda bem que a casa tinha duas vagas na garagem, foi tudo o que pensei).

É realmente, as coisas mudaram... E muito!!

(...)

O texto ficaria gigante se eu contasse como foi aquele dia, mas me lembro de cada detalhe... Lembro de você ajudando na cozinha lembro do vinho que bebemos, o filme. E o principal, o seu sorriso quando me olhava.


(...)

Pareceu certo, tão certo quanto 'arroz e feijão' nós ficarmos juntas. As pessoas estranharam, mas com o tempo, passaram a nos ver como um casal. Você me fazia bem então eu só retribuía o bem que tu me fazia de volta à você.

Não tinha briga, resolvíamos tudo com conversa... Sentávamos e conversávamos.

Dois anos depois (o tempo passou como se eu tivesse estalado os dedos), mas eu me lembrava (e me lembro de cada segundo bom que tive ao teu lado naqueles dois anos)... E foi em uma conversa que resolvemos nosso futuro. Você recebeu uma proposta melhor, teria que se mudar, não era longe, mas não mais poderia morar onde estava, se aceitasse a proposta teria que mudar de cidade.

Você chegou e disse, eu apenas ouvi... Eu percebi, você estava dividida entre aceitar ou não, queria ir mas não queria terminar. E sabia que eu não poderia ir, tinha um emprego bom e estável. Eu já tinha minha casa. Mas eu percebi como aquilo era importante para você... Deixei que falasse.

- Amor emprego tem onde a pessoa estiver bem e feliz. E você me faz as duas coisas, você me faz bem e feliz, aqui você sempre vai pensar "e se eu tivesse ido...", e eu sempre vou pensar "e se nós estivéssemos ido". A questão agora é: "vamos juntas ou você vai antes, eu vou depois?".

Casa nova, emprego novo, vida nova... Tivemos a despedida, as amigas disseram para voltarmos para visitá-las, o pessoal do meu antigo emprego fez uma festa surpresa no último dia. Estávamos bem, fomos morar juntas (o que não seria nenhuma novidade) tendo em vista que no último ano, passávamos as noites alternadas ora na minha casa, ora na sua. E agora, a casa era uma só e nossa.

E as coisas mudaram... E nós acompanhamos a mudança daquela vez.

(...)

E agora, eu me pego pensando, qual foi a parte que a vida mudou tanto que eu não percebi?!

(...)

Recapitulando, nós nos mudamos, nossa casa. Uma noite você chegou eufórica dizendo que tudo estava melhor que o planejado. Você insistiu para comermos fora, mas eu não queria sair, não aquela noite. Minha cabeça estava doendo. E você resolveu fazer janta naquela noite. Eu prontamente fui te ajudar, mesmo você dizendo para que eu ficasse no sofá para que a dor passasse.

Enquanto eu estava ralando a cenoura e você cuidando a carne para não queimar que estava fritando, você me olhou e disse:

- Quer se casar comigo?

Foi algo tão repentino, eu cortei o dedo... Rimos nós duas depois daquela cena.

E casamos, tivemos o casamento como havíamos planejado / sonhado! Foi lindo...

E mais mudanças... E novamente, juntas nós acompanhamos as mudanças...

(...)

Me pego pensando em tudo o que aconteceu, o tempo que passou, se de alguma forma em algum ponto, fizemos alguma escolha errada, se teve algum ponto que erramos...

Acordada aqui, esta hora da noite... Me pego pensando no "sim", nos teus risos e na 'nossa história que aconteceu'... O álbum de fotos cheio das nossas histórias.

(...)

Literalmente, o mundo muda... As coisas mudam, as pessoas então, nem se fala mudam muito!!

No início éramos nós duas, só nós duas e eu resolvi engravidar. Todo o apoio que você me deu, nossa família se multiplicava... E ele veio para encher a casa com o riso solto, os gritinhos no meio do dia, seus primeiros passos. E quando ele chorava, as duas (NÓS DUAS) chorávamos juntas.

Ele já sabia andar / na verdade ele corria muito... E o vocabulário era extenso para uma criança de três anos. E foi quando ele pediu um irmãozinho. Ele disse que queria um bebê em casa, que ele via os amiguinhos dele que eram irmãos mais velhos e ele queria ser um também.

Desta vez, foi você quem engravidou... E maior foi a surpresa, três bebês... Como assim, TRÊS BEBÊS!!

Contamos para o nosso homenzinho e ele ficou todo faceiro e se achando o super irmão mais velho) porque teria três menininhas, mas não foi bem assim... E tivemos dois meninos e uma menina, lindos todos. Mas ela, ah nossa menininha... A mais manhosa (se parecia muito com você, claro).

Tivemos que nos mudar, as crianças cresciam e nossa pequena ainda dividia o quarto com os irmãos. Com uma casa maior (e mais uma mudança), nossa menina ganhou um quarto só para ela. E como tinha uma diferença de idade entre os meninos, o mais velho continuou sozinho e outros dois dividiram o mesmo quarto...

(...)

Agora eu penso, como foi que cheguei aqui, nesse momento de estar acordada sozinha neste horário da noite?!

(...)

Será que... Se eu mudaria alguma coisa?

(...)

Ah! Lembrei... Não, não mudaria e como cheguei aqui? Viagem de trabalho tem dessas coisas, você se separa da família, mas volta... E três dias, já são mais do que o suficiente.

Espere que logo, logo estou em casa! Meus filhos, minha linda e amada esposa... Agora, preciso ir, o avião que me levará para casa, para junto de vocês está para chegar e não quero correr sequer o risco de perde-lo.

(...)

~ E essa é a história da minha vida...
Meu coração é dividido e vive em seis partes diferentes!



_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

Mas, aí né!...

Você simplesmente acorda e pensa: "Cadê o avião?"

Olha para o dedo anelar e grita: "Cadê a P#%¢£&  da aliança que estava bem aqui?? Nesse dedo!!"





(...)





(...)

Ah! Foi tudo um sonho... (só mais um sonho!)

Aniversário... Mais um?!

Às vezes, eu odeio a tecnologia. E claro, como aquelas pessoas com dupla personalidade, às vezes eu a amo...
Escrevi um texto, não sei se bom ou ruim, mas estava "quase" no final... Celular deu pit e não salvou a postagem e to começando de novo... Do zero!!

...

E mais um ano chegou (ou PASSOU) tudo depende do óculos que vê (o ponto de vista ou a vista de um ponto?)...

A  vida de uma pessoa, em geral é marcada por alguns momentos bons, outros nem tanto... Alguns momentos ótimos e outros MELHORES AINDA, algumas indecisões, medos (talvez não), decepções?! Mas o principal é o amo...

NÃO!!

O principal é ser feliz... Fernando Anitelli e sua trupe conhecida como "O Teatro Mágico" me ensina cada coisa com suas letras incríveis e ainda embala minhas valsas solitárias na sacada alta (e gelada) com suas melodias maravilhosas. E algo que me lembro bem foi quando (em uma belíssima canção) ele disse: "É simples ser feliz!"...

E eu concordo!! É simples mesmo (pelo menos pra mim é). Em outra canção ele disse: " E o poeta riu de todos... E por alguns momentos foi feliz!"

Não que eu seja poeta, mas sigo bem estes "conselhos" na vida, em MINHA vida, pois se tem algo que eu realmente prezo... É isso, ser feliz! E por isso digo, "a simplicidade me atrai, sou feliz pois a tenho comigo, lado-a-lado."...

Sabe aquele sensação da chuva batendo no rosto, aqueles pingos lavando a alma?! Isso me faz feliz!! E o cheiro... Ah! Aquele cheiro de chuva na areia, me remete a minha doce infância e me faz feliz... A grama nos pés, um passeio pelo lago, piquenique no meio da tarde... São coisas tão simples, mas que na correria do dia perderam seu valor (para muitas pessoas) não pra mim, ainda bem que NÃO PRA MIM!!

Martha Medeiros disse certa vez:

"Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos ,um livro mais ou menos. 
Tudo perda de tempo. 
Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoração ou seu desprezo. 
O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia."

E tenho que dizer, concordo com ela. Esse negócio de morno, pode até satisfazer alguns, mas não a mim. Comigo as coisas são intensas... Se é pra sentir que sinta na pele, e "se vamos todos ter rugas, que seja então de tanto SORRIR!"

Agradeço a Deus pela família que tenho, por todo carinho partilhado, pelas conquistas acompanhadas e o amor que simplesmente é/foi dado.

Agradeço também pelos meus amigos! Sou rica, pois sei que tenho pessoas que eu posso contar... Essas pessoas que me apoiaram e sofreram comigo, que choraram e riram MUITO. Amigos que me ergueram, me apoiaram e... Que me ouviram!!

Agradeço a Deus por te-los em minha vida, não vou citar nomes... Isso aqui ia virar um livro de nomes de A - Z, mas elas e eles... Eles e elas todos sabem, todos sentem meu carinho, meu amor e minha gratidão pelos risos, momentos e algumas lágrimas partilhadas.

Não sou perfeita... Desculpe quem esperava isso de mim. Errei muito, mas meu principal erro foi viver vidas que não eram minha vida... Vidas que outros queriam ou desejavam para mim, meu pior erro foi me excluir da minha própria vida e ser alguém que eu mesma não sei quem era.

Nunca quis e continuo sem querer ser perfeita, mas o principal de tudo, sou feliz... Talvez seja talento, talvez seja minha palhaçada ou a falta dela... Mas o fato é que sempre trago risos por onde quer que eu vá. E no meu caminho, vou acumulando o melhor... AMIGOS!!

Números... As pessoas grandes necessitam de números para acreditar (aprendi isso com meu livro de cabeceira), não sei porque é tão importante "Qual ano você nasceu? ... Quantos anos tem?"

Na minha opinião, a idade não deveria ser medida pelo tempo que saiu da barriga rosado e chorando até o dia do Ad...
A idade deveria ser medida pelas conquistas e fracassos, por quantas pessoas você ajudou durante esse tempo e por quanto tempo você permitiu de VERDADE ser você mesmo!

Desde que me permiti isso... Não aceito mais viver vidas de outros, vida que alguém gostaria que eu vivesse. Vivo a minha e já me basta para ser feliz!

E que venham MAIS, muitos mais anos... Ainda tenho muitos risos para partilhar com meus amigos.

Um tempo atrás (não tanto tempo quanto a frase, rs), conheci uma pessoa. A primeira impressão era de seria uma pessoa bacana, que iriamos nos dar bem e, de repente... Ela disse:

"- Sabe aquelas pessoas positivas demais, que riem de tudo, que estão sempre felizes?! Não tenho paciência para este tipo de pessoa!
- Você me descreveu nessa frase"...

Ela pensou, pensou e disse:
"- Mas a vida não é assim, só momentos bons e os choros e as lágrimas e as perdas?"
"- A vida é feita de uma balança, ora você está bem, ora não... Mas de todas as experiências vividas você deve tirar o melhor proveito. Você deve sempre aprender com os erros e o principal, você deve fazer aquilo que traga brilho ao seu olhar e um sorriso bobo aos seus lábios, isso COM CERTEZA será o certo e você viverá feliz... Pois são estes momentos que nos fazem ser quem somos!"

Bom, realmente ela não aguentou o positivismo. O riso...

Cá estou eu, beirando os... Quanto é mesmo o número?! Ahhh!!!

Quer saber, que as pessoas grandes façam a conta... Eu vou ali fora RIR, VIVER E O MAIS IMPORTANTE SER FELIZ!!

;)

Mais uma (s) "dessa vez" do PR...

Quem me conhece (ou acompanha) a Lagoa, leu um texto  no qual expressei todo meu DESAMOR por SP
A cidade era isso ou aquilo, tinha a "tal" da poluição por onde quer que olhasse, aquelas buzinas, metrô, lotação, trem... E um monte de outras coisas que podem ser lidas no texto:

"Mais uma (s) de SP..." (no qual, até hoje eu não entendo o porque desse "(s)" no título sendo que foi a primeira postagem a falar sobre a cidade.... Vai entender a cabeça de quem escreveu este texto... Oops, a cabeça foi a minha, vai entender minha cabeça. E só para manter o "padrão" este título também terá o "(s)"). :P


Mas falando, hoje já faz dois anos que saí de SP e nesses dois anos, muitas viagens e muita coisa aconteceu... Se sinto falta de lá?! Sim, muita falta... Se era realmente verdade que eu não gostava de SP. Não, isso é a mais pura MeNtiRa!! ahaahhaa... Mas este texto, não é para falar de SP e sim de meu novo endereço, minha mais nova (nem tão nova assim, afinal já fazem: 365 dias; ou 52 semanas e 1 dia; ou apenas 1 ano!).


O que afinal vim fazer aqui??
Esta foi a pergunta que mais ouvi nesses 365 dias (vou tratá-lo assim, pois, parece tão mais tempo falar 365 dias em relação à 1 ano).

E as respostas variam de acordo com o humor (ou tempo), ou ainda com o local (pessoa).
(vamos citá-las):

* Vim sentir (conhecer) o frio de verdade;
* Vim estudar / Trabalhar (tentar uma vida diferente em outra cidade);
* Vim porque gosto de viajar e queria conhecer o Sul do Brasil;
* Vim porque deu vontade de fazer as malas (sem olhar para trás) e vir;
* Vim porque aqui tinha o curso específico que eu quero / queria fazer;
* Vim porque é uma cidade grande e eu gosto de cidades grandes;
* Vim porque todos falavam: "É a Europa do Brasil" e eu como viajante nata queria conhecer esta "Europa Brasileira!"
* Vim porque diziam que era (é "será mesmo?!") a cidade mais limpa do País;
* Vim porque é uma as cidades (dizem) que tem o melhor custo benefício;
* Vim porque li no jornal (ou assisti / ouvi) que aqui tinha melhores oportunidades de emprego;
* Vim porque é perto da Praia e de outros lugares que ainda quero conhecer;
* Vim porque era Destino eu estar em Curitiba no ano de 2013;

* MAS, o importante de tudo: - Vim porque eu simplesmente queria vir. Eu queria conhecer a cidade, queria sentir o frio da capital mais fria do Brasil, queria ser diferente dos que planejam e não conseguem cumprir. Vim porque decidi um dia que sentiria pela vida o gosto da liberdade e de braços abertos e sorrisos no rosto eu sairia para conhecer / amar pessoas, novas culturas, novos estilos, novos e sempre novos... Mantendo os velhos (antigos / passado) sempre aqui comigo no coração.


Lembro como se fosse ontem (ou hoje, tanto faz), a sensação de entusiasmo, de medo (sim, tinha medo daqui), não foi a mesma sensação quando estava chegando em SP (aquela foi a primeira viagem para longe, para morar, as outras tinham sido apenas passeios rápidos e não muito longes, mas ao chegar naquela imensa rodoviária, onde eu não sabia para qual lado ir e o que fazer, foi extremamente angustiante), aqui foi diferente... Foi uma sensação de... "de que mesmo é aquela sensação?"...

O avião começou a taxiar na pista, minhas expectativas eram muitas, eu não sabia o que encontraria (como ou quem), mas sabia de uma coisa, estava feliz. Sorria e as estrelas, sorriam de volta.
Estranho pensar assim, mas quando saí da minha cidade (aquela menina "sim, eu era uma menina", 23 anos na mala (ou nas costas) e sonhos "muitos SONHOS", uma menina que não sabia o certo do errado, que ainda não tinha chorado o suficiente, "tá eu chorei, bastante... Mas não me sentia assim na época", uma menina que achava que precisava de outros / outras para ser feliz, uma menina que ainda acreditava em contos de fadas e achava que a vida era um. Alguém que não comia isso ou aquilo "porque não era isso ou aquilo", rss.) eu dizia o seguinte: "Vou para onde eu for, quando tudo estiver certo, quando eu conquistar tudo o que quero vou voltar. Aqui é meu lar, Campo Grande é minha casa. E no final de tudo é para cá que voltarei!".

Era essa a minha fala. (mas não foi bem assim).

Hoje eu vejo, com outros olhos e mais idades nas costas (ou na mala) que não foi bem assim... Quando fui para SP eu estava FUGINDO. Sim, exatamente isso. Fugindo de mim mesma, fugindo dos problemas, fugindo das coisas horríveis que ali tinham acontecido e que eu tola, tinha deixado guardado durante anos, ali só ferindo e machucando. Fugindo das pessoas ruins (como se em todo o lugar não houvesse pessoas ruins), eu estava fugindo, queria esquecer e achava que se parasse de pensar no assunto, talvez eu esquecesse, talvez... Talvez, eu esquecesse de um tal forma que pensasse que aquilo era / foi mentira, que não aconteceu... Mas aconteceu! E as coisas em mim (e para mim) só mudaram depois que eu DESABAFEI(aqui mesmo na Lagoa, basta clicar no link), me abri, contei e... Chorei. Por pensar que teria esquecido, por pensar que nunca existiu, mas aquelas lágrimas me fizeram forte, me fizeram MULHER. Hoje, lembro da menina que fui, dos sonhos que tinha e NÃO, jamais abandonaria meus sonhos!! Eu corro atrás para conquistá-los, subo e desço, onde que que eu vá é em busca de realização dos meus sonhos... Aquela menina que um dia fui, está aqui dentro, não a deixei morrer, a menina e a mulher hoje é uma só e por isso, tenho certeza de que estou / sou FELIZ!


Ao chegar aqui, um sentimento de "cheguei em casa" tomou conta de todo meu ser. Como se eu tivesse andado o mundo (que na verdade foram só alguns Estados do Brasil) buscando por este sentimento. Encontrei aqui meu NOVO lar... Se é temporário, eu não sei, se vai ser para sempre... Eu também não sei... Só sei que enquanto estou por aqui, estou curtindo ao máximo o que posso e fazendo o que mais gosto: "Conhecendo culturas, fazendo amigos e, simplesmente SORRINDO!".

Mas também para falar deste ANO, ou melhor destes 365 dias, tenho que voltar a fita (ainda na era da fita cassete, ahaha!). Lembro do desembarque, de tudo o que era dif... NORMAL, aeroportos são sempre iguais, a única coisa que difere são os nomes nas placas de informação (e localização) e a distância dos banheiros!!

Chegando no centro (da cidade mais limpa do Brasil) a primeira coisa que vi (fiquei pasma) foi um ser jogando uma latinha em um canteiro de flores bem na minha frente!!
E depois disso (talvez seja culpa do lugar escolhido), em volta do hotel tinham pessoas (sim, nunca imaginei isso, pois isso não era falado quando se falava da cidade nos Jornais, Revistas, Internet), SIM, PESSOAS dormindo no chão e no FRIO... Ah! Sim, o frio que eu tanto queria sentir, estava sentindo!!

No dia seguinte, fui no apartamento que eu tinha alugado (e pasmem "ou não", aluguei pelo Bom Negócio, e
diferente de muitos casos que ouvi (graças à Deus) deu tudo certo!). O apartamento era lindo e tinha uma vista incrível (que depois eu comecei a dizer: "Vista do meu apartamento no 3º andar").

O bairro em si é bem grande, no primeiro dia andei o dia inteiro, tentando me "situar" na nova vizinhança. Achei estranho (MUITO estranho) o fato de passar na rua, cumprimentar as pessoas e nada, nenhuma resposta. Mas continuei.
Arrumei um emprego (desses temporários, tanto para não ficar sem nada para fazer, como para conhecer). E foi ali que ouvi a primeira vez a pergunta: "- Mas o que você veio fazer em Curitiba?", e a responsável por esta pergunta é hoje minha amiga... Descobrimos muita coisa em comum (ou nem tanta assim), mas foi esses risos e o tempo que nos tornaram amigas! E assim a menina mais "louquinha" que conheço (no bom sentido, claro) na cidade é minha amiga... E aos poucos fomos nos tornando parceiras de risos e principalmente de finais de semana. Fazíamos várias coisas juntas, nos divertíamos sem igual... (até ela resolver voltar para a cidade onde os pais dela moram).



Não demorou muito (não sei se por qualificação ou persistência) e logo arrumei um emprego dos sonhos! Fazia o que eu gostava, o que estudei em vários cursos para saber / aprender, foi uma das melhores coisas que aconteceu... E ali, daquele ambiente, eu tirei (ou ela tirou de mim) mais uma AMIZADE. No princípio, não havia ninguém e depois já tinham duas... "Na verdade três (que eu pulei um para falar daqui a pouco)", amigas / amigo. Ela com o jeito carismático e de certa forma acolhedor. Fizemos uma amizade tão rápido quanto somar (2+2). Saímos, andamos, passeamos e depois (de volta) ao trabalho! Almoçávamos juntas... Era (não É) uma cumplicidade de verdade!!
E depois, vieram os pães de queijo... Ah! Que delícia!! :P (autênticos mineiros, não tinham como não ser bons). E eu conheci a família dela (que de certa forma ela dividiu comigo!), adorei (ADORO) cada momento que passamos juntas, os risos, as brincadeiras, as receitas e nossos jantares de finais de semana, pode ser pizza, pão de queijo, frango grelhado, qualquer coisa... Nós fazemos uma festa e todas (mãe/amiga, filhas/amigas e eu) SEMPRE se divertem.

E tem o amigo... De todas as horas!! Quando me mudei para o prédio era só eu. Alguns dias depois ele chegou. Mas não conversávamos... Até que um dia, começamos a conversar e rir e descobrimos coisas em comum... Ele é lá de cima, gosto dele porque me "ajuda" a corrigir as pessoas. Eu sou do Mato Grosso (ah! Do mesmo lugar da Lya, NÃO, ela é do MS (Mato Grosso do Sul) e eu do Mato Grosso... Mas é a mesma coisa! Não, não é a mesma coisa!). Nossa amizade é cômica, rimos um monte juntos (ou um do outro) e sem falar é claro, nos gostos em comum... ele também gosta do verdinho (não, não estou falando de maconha!), o Tereré (e pessoal do SUL é TererÉ " tem uma letra 'e' com acento AGUDO, o som é ABERTO: "éééééé"). Vizinhos de porta nós praticamente juntamos minha casa com a dele e fizemos juntos uma mesma cozinha, comida feita aqui é para ele e para mim, comida feita lá é ao contrário, ahaha, para mim e para ele!

Ah! E tem também os meus vizinhos... Os gringos, rss... Muito legais e super receptivos... Acho que essa cidade tem gente de todos os lugares... O que eu achava de mais estranho, na verdade era: ONDE ESTÃO OS CURITIBANOS?! Porque não consigo fazer amizades com eles? Meus amigos eram: Catarinense, Mineiras e Mato Grossense. Mas cadê o povo daqui?! Me perguntava e os via, porém eles eram SÃO muito fechados e pouco receptivos a amizade (era tudo o que eu pensava).

Depois de um tempo, você se acostuma... E eu acostumei a esse jeito meio 'chucro' deles... E então, veio a oportunidade de um sonho antigo... Tive dúvidas, pensei, re-pensei a escolha. Mas resolvi arriscar!! E como uma bela canção: "MILAGRES acontecem quando a gente vai a luta!".

E ACONTECEU!! ;) Eu estava em uma universidade pública FEDERAL. =D



E assim, estou na universidade! Estudando e fazendo novos amigos...
E pelos corredores da universidade andando ao lado de Nordestina, Baiano, Paranaenses, Paulistano e por fim UMA Curitibana, rss. Sextas marcadas por nossos desastrosos passeios... E risos, muitos risos!! E claro, estudos... E balas e chocolates e almoços no RU... Quantas histórias esse prédio não esconde... E na diversão com os amigos, o que conta são as risadas um do outro e todos de um! Adoro a companhia e a risada com eles!!

E claro, não poderia deixar de comentar o quão MARAVILHOSO, esplêndido e MÁGICO foi o show do "Teatro Mágico"... Conheci pessoas que partilham comigo o mesmo amor pela trupe! Pessoas que me fizeram rir e que as conversas serviram para conseguir aguentar a chegada da data! Foi meu terceiro / quinto show da trupe, mas este realmente vai ficar na memória!! As doze, (isso mesmo DOZE) horas de fila, aquele riso, alegria contagiante!! Simplesmente sem palavras para tanta emoção...

E depois disso tudo, depois de 365 dias estou começando (veja bem, COMEÇANDO) depois de um ano a perder aquela impressão que eu tinha das pessoas daqui. Ainda vai demorar um pouco, mas acredito que eles não são tão ruins assim como eu achei que era. E um ano depois de ter pisado aqui pela primeira vez, tenho certeza de uma coisa: "Estou FELIZ! Estou no lugar certo, no momento PERFEITO!"... Então: "Vam'bora lá curtir!".


Ah! Sim... Faltou uma coisa:
Quanto ao frio?? ... Bom, ano passado foi tanto frio que chegou a nevar, se senti TOOOODO aquele frio?! Sim, com certeza!! E na faculdade a professora disse: "Agora entendi o porque da touca e do casaco!"... =D
Este ano?! O frio ainda não começou (não de VERDADE), mas estou AMANDO cada dia que passa este ventinho gelado! Minha opinião:


"A cidade é linda! As pessoas são fechadas e o frio... Ah! O frio a gente sente, se espreguiça e continua fazendo as coisas!!"




FIM?! ...
Nãooo, ainda tem muita, MUITA história para rolar!! Vamos lá VIVER... E que venham muitos e MUITOS mais: 365 dias!

ps. E sem falar nos novos AMIGOS que a cada dia estou conhecendo... 
- Corre... Corre... Corre... É o nosso bus. (meia hora depois):
- Mas onde estamos?!
- Ah! Não acredito!!! Você fez eu correr a toa, meu celular caio no chão, na poça d'água e pra pegar o bus errado! Nunca mais acredito em você, rss...
Depois teve a pizza, com a amiga e a criança linda... E o jogo de RPG (adorei)...

Acho que já disse que estou APAIXONADA pela cidade?! Se não disse ainda, vou dizer: "- Curitiba! Estou apaixonada por você!". E por falar em novos amigos: "Amanhã vamos comemorar com vinho?!" ;)

ps². Adorei aquela criança que não fala com ninguém (pelo menos foi isso o que os pais disseram) e me ACORDOU com um abraço e um beijo no rosto!!


E, dois pontos (finais) para então encerrar:
- SAUDADES, sempre sinto da família, dos meus meninos (meus sobrinhos lindos e o Guili, sim, aquele que ganhou um texto como presente de aniversário). E eles, não estão longe!! Eles estão sempre comigo, no CORAÇÃO.

- Minha tattoo:


>> Que no fundo é simples ser feliz; Difícil mesmo é ser tão simples assim.
O Teatro Mágico.