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E mais uma vez (porque será que faço isso?): Fazendo da 'Lagoa' meu confessionário...

Não sei exatamente o que escrever. Mas to sentindo vontade de deixar os dedos dedilharem o teclado e escreverem o que eles mesmo quiserem, sem pensar, sem questionar o porquê...

(...)

Alguns (muitos) anos atrás meu pai foi embora, na época ele tinha mais dois filhos com a (então) atual esposa dele. Ele mudou de cidade e nunca mais nos falamos, coisa que naquele começo foi bem difícil, porque meu pai era para mim o "super pai herói" (como acho que é para muita filha / filho).
Lembro das vezes em que ele parava o tiozinho do picolé (vulgo picolézeiro) e deixava que nós (eu, meus primos e meus vizinhos) pegássemos quantos picolés quiséssemos. E os passeios para andar de bike / patins e todos os meus gostos que ele sempre fez.
E o fato dele ter ido embora, nunca ligado, deixou em mim uma marca muito grande, profunda. Só eu sei o tanto que senti falta, talvez, as pessoas que conviviam comigo naquela época soubesse, tenha percebido, mas não me lembro se alguém alguma vez comentou alguma coisa.
O fato é que, alguns anos depois disso, eu já namorava, já levava uma vida diferente daquela menina de quando ele tinha ido embora, mas aquela falta, aquele buraco que ele deixou nunca foi (novamente) preenchido. Então, ouvindo um e outro, resolvi escutar alguns conselhos e liguei para ele, e ouvi uma frase que ficou cravada no peito durante MUITOS anos, qual frase? Ah! sim: "eu não tenho nenhuma filha em Campo Grande!" (como assim, o que eu era "então"?).
Posso dizer com toda certeza, ouvir aquilo doeu muito mais de quando ele tinha ido embora, doeu mais do que a vez que ele me bateu e doeu muito mais ainda por eu ter passado por cima de um orgulho que eu tinha para ter ligado. Foi uma das piores frases que ouvi na vida, mas né. A vida continua; e continuou!

(...)

Anos mais tarde, ele voltou para a cidade, não por livre e espontânea vontade, mas porque alguém o trouxe, porque ele, os filhos e a mulher dele estavam passando uma situação bem crítica na cidade, então o irmão dele o trouxe de volta. Mas aí é que entra o problema (o GRANDE problema!), que ele tinha problemas com cigarros / bebida isso eu sempre soube, porque assim como tenho na memória a imagem do picolézeiro da minha infância, lembro também as vezes em que ele vontade para casa (do bar) trançando as pernas de bêbado, (e também) das confusões que ele arrumava porque sempre bebia demais, e eu não sei se de certa forma me tornei / sou (um pouco (ou muito)) amarga por ele ter ido embora, por nunca ter me procurado, por ter dito que eu não era filha, por 'n' motivos, ... O fato é: quando ele voltou, eu não conseguia reconhecer naquele homem debilitado por seu vício o meu pai, aquele homem que um dia num passado (que parecia MUITO distante) me levou nos parques, para andar de bike, me levou para conhecer o Pantanal, viajou comigo várias (e várias vezes). Aquele, era um estranho (e porque, ah! Claro né... Eu não podia me sentir mal, triste e tudo mais mesmo que tenha ouvido que não era filha dele).
O perdão, você esquece... Mas naquela época, eu não conseguia perdoar e continuei vivendo minha vida, que acabou me levando para bem longe da cidade. Anos mais tarde quando eu finalmente voltei, de novo (e de novo) veio a cobrança das outras pessoas "é teu pai, está doente e precisa de auxílio!".

(...)

Tá! Mas e quanto a mim? Eu era MESMO obrigada a ouvir as coisas e ficar calada e aceitar numa boa porque ele "era meu pai?" Não e não, né! Mas (a vida / destino / Deus / a história) assim quis e acabamos nos reaproximando (novamente). E, esse nosso encontro, posso dizer que não choveu rosas e flores... Foram lágrimas, cobranças e descarrego. Tirei tudo fora o que estava no meu peito, lavei a alma (como dizem), falei tudo aquilo que eu guardei durante o que? (dez anos!? Muito tempo para guardar as coisas dentro de si, não é não?!) Eu chorei, ele também... Mas mesmo assim, ainda ofereci ajuda, se ele quisesse sair daquela vida que estava levando, se quisesse mudar, melhorar, eu ajudaria. Não obtive resposta dele, continuei no rumo da minha vida... E de novo, nos encontramos, lembro bem desse encontro, porque (acho) que o que eu tinha falado para ele, causou algum impacto, ele foi me ver, e ali estava ele, da mesma forma que eu me lembrava de quando ele tinha ido embora, bonito (gordo, aparência saudável), não bebia há meses... Senti orgulho (naquele momento). Chorei, mas dessa vez, as lágrimas eram de alegria. Não tinha muito como recuperar o tempo perdido, dez anos não eram bem dez dias... E alguns dias depois, ele se entregou novamente ao vício.
Tentei, argumentei, falei que ajudaria, mas nada... Ele dizia: "quero morrer e vou beber até o último dia da minha vida!".

(...)

Como ajudar alguém que não quer se ajudar?! Como?? (...) Esse foi realmente um grande dilema e desta vez, eu simplesmente deixei de mão, saí de fininho, argumentei e ele não quis ouvir, então falei "não vou ficar aqui e tentar ajudar quem não quer ser ajudado, vou dar apoio aos seus filhos, coisa que você deveria fazer, não se preocupe comigo, eu não mudo mais, já to calejada, mas eles, são crianças e precisam da presença do pai na vida deles... É isso mesmo que quer ensinar como certo para eles? Morrer de tanto beber dentro de um bar?" E aquela, foi nossa última conversa.

(...)

A perda...

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O que falar quando se perde algo precioso, algo valioso? No meu coração eu já tinha perdido (e duas vezes)... Achei que não me abalaria, demorei a chorar, demorei a sentir, mas quando deixei as emoções tomarem conta, chorei (e não foi pouco), senti muito, me culpei muito mais... Afinal, nossa última conversa não tinha sido lá tão amigável. E o pior de tudo isso, foi passar por este momento sozinha, as pessoas sempre me viram como forte "você é forte, você é corajosa!" (sempre ouvi isso), mas o que algumas nunca percebeu que sou sim, não nego, mas que eu também preciso de um ombro amigo para chorar, também preciso de alguém que me faça carinho, que cuide, que se preocupe, tanto quero mostrar que não sou tão forte assim e também quero ter o direito de... de ser fraca (e ponto!). Eu choro (e MUITO!).
O dia foi tranquilo, amigável, mas lá no fundo, apesar de todas as risadas que dei hoje, eu senti uma falta incrível, afinal, hoje ele faria aniversário... Mas de quem afinal eu sinto falta?

(...)

Aí esta o ponto, estou de luto, triste e (acho) que sempre vou sentir falta é daquele lá atrás... Aquele que eu entrava embaixo do tanque e pegava um graveto e "fingia" conversar no telefone com ele e quando saía de lá eu falava: "Vó faz macarrão que meu pai vem almoçar hoje!" (e ele estava viajando, geralmente tinha um mês ou mais, e às vezes ficávamos uma semana sem nos falar), mas... Chegava a hora do almoço e ele entrava em casa falando: "dona Salvadora sobrou comida para eu almoçar? Estou com fome!"

Neste momento? As lágrimas rolam... E rolam soltas lembrando dessas cenas. E por esta pessoa que estou de luto, por esta pessoa que choro. Não foi um final muito bom, pelo menos eu nunca vi aquele como um final merecido, mas...

Sentirei saudades (sempre). Saudades eterna, mas é hora da despedida:
Descanse em paz...


Não, eu não quero um amor! (não ainda...)



Como eu disse definitivamente eu não quero um amor, ah não mesmo (não ainda)... Eu quero muita coisa antes do amor (e talvez) esse seja o meu erro, mas não vou desistir, não até encontrar!




Quero primeiro olhar nos olhos, conversar, me encantar e rir...

Me sentir envergonhada, chegar bem de mansinho, perder a timidez e, e... Ah não... E voltar a estaca zero (ahhh... Porque eu vou ter vergonha nessa hora), então tentar de novo - olhar, rir - e dessa vez conversar. Ah! E que conversa...


Trocar sorrisos (como se fosse uma maratona de quem ri mais), compartilhar histórias, viver momentos... Flertar, ah!! Sim, isso mesmo flertar!

Um, dois, três (talvez quatro) encontros ou passeios, momentos ao ar livre, cinema compartilhado... E então o passear de mãos dadas, ah sim!



Passear de mãos dadas...

Nesse estágio é algo tão gostoso, o toque, a sensação dos dedos ENTRELAÇADOS...



E claro, o BEIJO!



E depois tem o apresentar aos amigos, claro, os amigos fazem parte das nossas vidas, nada melhor que compartilhar então bons momentos, acontecimentos e claro, pessoas que aos poucos estão se tornando especiais.



Fazer as malas, viajar juntas... Pegar estrada, conhecer uma praia, castelinhos na areia da areia... Escrever meu nome e o dela. Nosso nome juntos.



Um revigorante banho de cachoeira, sem esquecer (é claro) de deitar na grama, admirar as estrelas e tentar ver animais nas nuvens, os risos serão intermináveis, as histórias também...


Quero dar a chave da minha casa para ela vir quando sentir vontade... Convida-la para jantar e fazer um jantar à luz de velas. E num dia de sol, almoçar na piscina.

Apresentar para a família, levar ela para conhecer minha avó, meus sobrinhos... E ser apresentada a família dela, conhecer minha sogra e cunhadas (os) (será?).

Rir muito e conversar mais ainda... Fazer planos, realizar sonhos. Flertar pelos risos, troca de olhares e mãos dadas... Sim, é isso o que eu quero!!




E só então, depois de tudo isso... Chamar de amor. Para que ela seja verdadeiramente o meu AMOR. Porque eu tenho certeza, depois de tudo isso (tantas histórias vividas e risos compartilhados) assim como eu a terei cativado, ela vai ter feito o mesmo comigo e, então seremos única uma para a outra em milhões e milhões de estrelas. E ela, conhecerá meus passos e saberá sempre quando estou chegando.




Mas eu acho que é isso tudo é exatamente o que as pessoas NÃO querem. No meu ponto de vista, já querem pular para a parte do amor, sem passar por nada disso antes. Se um dia encontrar, vou fazer funcionar (e vai dar certo!)




~ Lya Campozano

Sobre alguma coisa (o que?!)... Mudanças!!

Alguma mulher que goste de poesias, livros e troque qualquer balada por um teatro, cinema ou ainda uma agradável conversa no café!?



Alguém que não queira conquistar / nem (tampouco) ser conquistada, mas que ainda preze a boa e velha conversa, o flerte, os risos envergonhados, a troca de olhares, e...!?

Alguém que tenha mais livros do que roupas, que prefira muito mais receber os amigos em casa, viajar juntas e não gastar apenas com bebidas e cigarros!?

E principalmente, que não troque o verdadeiro 'bom dia' pelo falso 'eu te amo'!?

(...)

Alguém que não te chame de gostosa, mas sim linda... Não que outro não seja bom ouvir, mas também, não é o principal, para tudo tem a hora (local e momento) certo.


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Acho que sou dos tempos antigos... Ou de um tempo que (parece que) não volta mais... ~ Eu ainda:
"deito na grama, corro na chuva, admiro a lua e as estrelas, sonho acordada e acordo sonhando, e sim, ainda vejo bichinhos (e formas) nas nuvens deitada na grama. Eu prefiro viajar a gastar o dinheiro com festas e bebedeiras, prefiro ainda o bom e velho flerte, aquela troca gostosa de olhar... Sou de um tempo em que namoros não vinham do dia para a noite, mas também não terminam de uma hora pra outra".


(...) 


E se alguém, ler até aqui e, mesmo assim (ainda) quiser conversar, me chame...



Beijos. ;)




Éh!! A vida muda... E muda mesmo!!

Depois de um tempo você percebe que tudo muda, as coisas ao seu redor mudaram e você não se eu conta.

Lembro quando eu me apaixonei por você, eram flores e risos...


Eu chegava em casa e você me esperava com um sorriso nos lábios, queria saber como tinha sido o meu dia e como eu tinha resolvido aquele problema do dia anterior que tinha me deixado com dor de cabeça. E eu contava para você, eu ria muitas vezes das caretas que você fazia quando algo estranho tinha acontecido.

E depois, de nossa conversa, eu falava e você também... Eu ia tomar meu banho, relaxar um pouco o corpo. Algumas vezes você entrava comigo e ficávamos lá, as vezes conversando, rindo, outras vezes uma fazendo massagem na outra e ainda é claro, às vezes como qualquer casal, fazíamos amor. Esquecíamos a hora ali nós duas daquela forma.

Os dias marcados pelos compromissos, mas as noites, eram nossas, só eu e você...

Mas as coisas mudam, né!?

(...)

Eu menti para muitos quando disse que não tinha reparado em você. Porque no momento em que você sorriu (claro que não foi para mim, não nos conhecíamos), mas no momento exato em que você sorriu, eu me apaixonei... Mas eu sabia é claro, você era a mais 'requisitada', todas queriam que você fosse nas festas, todas queriam a sua companhia, todas queriam um mínimo segundo de sua atenção.

E você, por ser 'popular', amiga, carismática geralmente aceitava aos convites...

E foi no meio de tudo isso que um dia, em ma festa (eu iria dizer qualquer, mas nunca foi qualquer), em uma destas festas que eu a vi pela primeira vez. Sabia que você era amiga de uma amiga e estava ali porque a dona da festa tinha lhe convidado, como eu também sabia (porque minha amiga havia dito) que a dona da festa estava investindo em (como ela mesma disse) "uma relação sólida e duradoura com você".

Engraçado como são as pessoas, não é?! Eu nunca imaginei que ali, naquele lugar, naquela festa, eu encontraria a pessoa que me deixaria completa e indubitavelmente apaixonada. Mas você estava lá...

No fim da noite, tínhamos trocado algumas poucas palavras, estávamos na mesma mesa (a da aniversariante, risos "irônico não?!"). Não falamos diretamente eu e você em nenhum momento naquela noite, o que fez com que algumas das pessoas presente naquela festa, durante um longo tempo mexessem conosco, por termos ficado juntas.

(...)

Foi em um encontro casual, nada programado. Um dia cansativo, exaustivo na verdade... Muita coisa para fazer, pouco tempo para entregar, foi tudo muito puxado, como diz o pessoal 'arrancou nosso couro', mas felizmente, depois de longos 25 dias, conseguimos entregar o produto e com tudo pronto, todo mundo feliz, só restava a todos uma saidinha básica para comemorar.

Ali, rindo e conversando com o pessoal do serviço, uns tirando sarro dos outros eu a vi, como sempre a via nas festas, sozinha em um canto, mas desta vez, você estava lendo, pela distância e as pessoas a minha frente, eu não conseguia ver o nome do autor. Soube depois, mais tarde naquele mesmo dia que era Caio Fernando de Abreu.

A conversa se tornou automática, eu não conseguia me desligar daquele canto em que você estava, presa em seu próprio mundo. Sem se importar com as pessoas ao seu redor, sem se importar com o barulho, gritarias... Você estava em um mundo (parecia) impossível de alcançar.

Com todos indo embora, se despedindo para iniciarem um longo e merecido feirado prolongado, fomos nos despedindo, parte da equipe organizaram uma viagem para um lugar quente, outros iam aproveitar a neve para esportes radicais, uma semana antes, no trabalho, rodaram varias listas de possíveis roteiros em grupo, muitos saíram juntos, poucos levariam esposas / maridos. De todas as listas, não quis assinar meu nome em nenhuma delas, estava mais querendo descansar mesmo, sem agitos, sem festas, sem bagunça... Até mesmo as meninas haviam programado uma festa no feriado, mas eu recusei o convite dizendo que desta vez ficaria na cidade.

Todos foram embora, cada um para seus devidos programas e eu fiquei ali, observando-a de longe, não sei se eu olhar fez com que você percebesse (ou sentisse) o fato é que você ergueu os olhos e me viu... E sorriu (novamente) eu ainda não sabia (ou sabia e não queria aceitar), mas eu estava realmente apaixonada por você.

Alguns minutos depois, você se sentava na mesma em que eu estava, eu havia pedido uma bebida quente, o frio naqueles dias estava quase insuportável. Você chegou perto e sorriu perguntando se podia se sentar comigo. Acho que eu fiz aquela cara de abobada e respondi que sim...

É literalmente as coisas mudam mesmo...

(...)

Hoje, pensando bem, acho que eu não teria ido até sua mesa, não teria levantado dali e consequentemente não teria vivido tudo o que vivi ao teu lado. (ou teria) Será que teríamos outra (s) oportunidade (s) de nos encontrarmos?

Quem pergunta: "Mas como foi? ... Como aconteceu?" eu costumo responder que naquela noite teu sorriso me fez companhia, que eu esqueci até o frio... Conversamos sobre muitas coisas, inclusive sobre as festas, as amigas em comum que tínhamos. Até sobre especialidades culinárias nós conversamos e foi nesse momento quando eu disse:

- Vou fazer lasanha de berinjela (sim, eu adoro o prato). Você disse:
- Adoro lasanha ainda mais de berinjela.

É claro que fiz o convite para que fosse almoçar comigo, disse onde morava mas não levei muito à sério que você iria, acho que fiz o convite por educação mesmo (claro que eu queria que você fosse).

No final da noite, quando nos despedimos, em um pedaço de guardanapo eu anotei meu telefone e disse:

- Se quiser provar a lasanha de berinjela venha a minha casa por volta das 12hs. Dei beijo em teu rosto e sai.

(...)

Lembro do dia seguinte, eu na cozinha preparando o prato, tinha ate me esquecido de que tinha feito o convite para você, acho que para não me decepcionar ou algo do tipo. Por volta das 11hs, meu telefone tocou um número desconhecido, atendi logo no segundo toque e ouvi tua voz do outro lado.

- O convite ainda está de pé? Você disse a região que mora, mas não passou o endereço, então eu não sabia se era ou não verdade!
- Não, está sim... (foi meio que gaguejando que eu respondi).

Passei o endereço, subi correndo para tomar banho (ficar mais apresentável), voltei para a cozinha e o prato sairia no horário previsto. Não demorou muito para que você chegasse após a ligação, abri o portão e sorte que pode deixar o carro na garagem pois estava uma chuva forte (ainda bem que a casa tinha duas vagas na garagem, foi tudo o que pensei).

É realmente, as coisas mudaram... E muito!!

(...)

O texto ficaria gigante se eu contasse como foi aquele dia, mas me lembro de cada detalhe... Lembro de você ajudando na cozinha lembro do vinho que bebemos, o filme. E o principal, o seu sorriso quando me olhava.


(...)

Pareceu certo, tão certo quanto 'arroz e feijão' nós ficarmos juntas. As pessoas estranharam, mas com o tempo, passaram a nos ver como um casal. Você me fazia bem então eu só retribuía o bem que tu me fazia de volta à você.

Não tinha briga, resolvíamos tudo com conversa... Sentávamos e conversávamos.

Dois anos depois (o tempo passou como se eu tivesse estalado os dedos), mas eu me lembrava (e me lembro de cada segundo bom que tive ao teu lado naqueles dois anos)... E foi em uma conversa que resolvemos nosso futuro. Você recebeu uma proposta melhor, teria que se mudar, não era longe, mas não mais poderia morar onde estava, se aceitasse a proposta teria que mudar de cidade.

Você chegou e disse, eu apenas ouvi... Eu percebi, você estava dividida entre aceitar ou não, queria ir mas não queria terminar. E sabia que eu não poderia ir, tinha um emprego bom e estável. Eu já tinha minha casa. Mas eu percebi como aquilo era importante para você... Deixei que falasse.

- Amor emprego tem onde a pessoa estiver bem e feliz. E você me faz as duas coisas, você me faz bem e feliz, aqui você sempre vai pensar "e se eu tivesse ido...", e eu sempre vou pensar "e se nós estivéssemos ido". A questão agora é: "vamos juntas ou você vai antes, eu vou depois?".

Casa nova, emprego novo, vida nova... Tivemos a despedida, as amigas disseram para voltarmos para visitá-las, o pessoal do meu antigo emprego fez uma festa surpresa no último dia. Estávamos bem, fomos morar juntas (o que não seria nenhuma novidade) tendo em vista que no último ano, passávamos as noites alternadas ora na minha casa, ora na sua. E agora, a casa era uma só e nossa.

E as coisas mudaram... E nós acompanhamos a mudança daquela vez.

(...)

E agora, eu me pego pensando, qual foi a parte que a vida mudou tanto que eu não percebi?!

(...)

Recapitulando, nós nos mudamos, nossa casa. Uma noite você chegou eufórica dizendo que tudo estava melhor que o planejado. Você insistiu para comermos fora, mas eu não queria sair, não aquela noite. Minha cabeça estava doendo. E você resolveu fazer janta naquela noite. Eu prontamente fui te ajudar, mesmo você dizendo para que eu ficasse no sofá para que a dor passasse.

Enquanto eu estava ralando a cenoura e você cuidando a carne para não queimar que estava fritando, você me olhou e disse:

- Quer se casar comigo?

Foi algo tão repentino, eu cortei o dedo... Rimos nós duas depois daquela cena.

E casamos, tivemos o casamento como havíamos planejado / sonhado! Foi lindo...

E mais mudanças... E novamente, juntas nós acompanhamos as mudanças...

(...)

Me pego pensando em tudo o que aconteceu, o tempo que passou, se de alguma forma em algum ponto, fizemos alguma escolha errada, se teve algum ponto que erramos...

Acordada aqui, esta hora da noite... Me pego pensando no "sim", nos teus risos e na 'nossa história que aconteceu'... O álbum de fotos cheio das nossas histórias.

(...)

Literalmente, o mundo muda... As coisas mudam, as pessoas então, nem se fala mudam muito!!

No início éramos nós duas, só nós duas e eu resolvi engravidar. Todo o apoio que você me deu, nossa família se multiplicava... E ele veio para encher a casa com o riso solto, os gritinhos no meio do dia, seus primeiros passos. E quando ele chorava, as duas (NÓS DUAS) chorávamos juntas.

Ele já sabia andar / na verdade ele corria muito... E o vocabulário era extenso para uma criança de três anos. E foi quando ele pediu um irmãozinho. Ele disse que queria um bebê em casa, que ele via os amiguinhos dele que eram irmãos mais velhos e ele queria ser um também.

Desta vez, foi você quem engravidou... E maior foi a surpresa, três bebês... Como assim, TRÊS BEBÊS!!

Contamos para o nosso homenzinho e ele ficou todo faceiro e se achando o super irmão mais velho) porque teria três menininhas, mas não foi bem assim... E tivemos dois meninos e uma menina, lindos todos. Mas ela, ah nossa menininha... A mais manhosa (se parecia muito com você, claro).

Tivemos que nos mudar, as crianças cresciam e nossa pequena ainda dividia o quarto com os irmãos. Com uma casa maior (e mais uma mudança), nossa menina ganhou um quarto só para ela. E como tinha uma diferença de idade entre os meninos, o mais velho continuou sozinho e outros dois dividiram o mesmo quarto...

(...)

Agora eu penso, como foi que cheguei aqui, nesse momento de estar acordada sozinha neste horário da noite?!

(...)

Será que... Se eu mudaria alguma coisa?

(...)

Ah! Lembrei... Não, não mudaria e como cheguei aqui? Viagem de trabalho tem dessas coisas, você se separa da família, mas volta... E três dias, já são mais do que o suficiente.

Espere que logo, logo estou em casa! Meus filhos, minha linda e amada esposa... Agora, preciso ir, o avião que me levará para casa, para junto de vocês está para chegar e não quero correr sequer o risco de perde-lo.

(...)

~ E essa é a história da minha vida...
Meu coração é dividido e vive em seis partes diferentes!



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Mas, aí né!...

Você simplesmente acorda e pensa: "Cadê o avião?"

Olha para o dedo anelar e grita: "Cadê a P#%¢£&  da aliança que estava bem aqui?? Nesse dedo!!"





(...)





(...)

Ah! Foi tudo um sonho... (só mais um sonho!)