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Desabafo...

Eu acho que a pessoa que disse que: "o tempo cura tudo"; estava cheirando pimenta do reino...

É difícil acreditar que uma pessoa possa partir o nosso coração em pedacinhos com tanta facilidade. O coração é o músculo mais forte do corpo, e o cérebro um dos mais frágeis. Se realmente os nossos sentimentos fossem controlados pelo coração, talvez não sofreriamos tanto por amor.

O próximo passo seria controlar o subconsciente. Até onde podemos manipular os nossos pensamentos? Se pelo menos conseguissimos usar mais do que 10% das funções nosso cérebro. Nessa horas principalmente, seria bem útil. E eu digo, "NÃO TE AMO MAIS", e como mágica, todo aquele amor sumisse... (sonho meu).

Vamos treinar meu povo. Tentar descobrir os "macetes" da nossa cabeça para podermos sofrer menos pelas pessoas erradas. Porque quando a pessoa realmente vale a pena, é necessário um pequeno sofrimento para aprender a dar mais valor. Certas pessoas merecem nossas lágrimas outras nem mesmo um suspiro.

Porém, enquanto não conseguimos controlar nossos sentimentos, vamos curtir nossa fossa até descobrir a melhor maneira de sair dela, porque o tempo até agora em nada esta ajudando.


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SEDE DE AMOR

Paula Fernandes

Vale se entregar
Nem vem dizer pra mim que não
sentiu cheiro de desejo no ar
é tarde pra inventar
Mil desculpas para provar pra mim
que não queria mesmo me amar
É tarde muito tarde, deixa estar
Te sentir, vem pra mim
Quero matar a minha sede e beber da tua seiva, eu vou
se você for
Me alimentar do teu poder e me abrigar em teu peito
ainda sou, o teu amor
Não te contei mas toda noite os meus sonhos só pedem você
bem aqui
Pra alegrar o meu sorriso e ser a cura nos momentos de dor
Quero matar a minha sede de amor
No meu sonho navio
Teu amor é farol
No meu porto seguro
No espaço é meu sol

Carol & Fernanda - final

Alguns meses depois Carol havia se mudado para casa de Fernanda e as duas estavam muito felizes juntas.

No dia em que Carol e Fernanda completariam um ano de namoro, Carol levou Fernanda para a cobertura de um hotel e mandou preparar um jantar para as duas lá em cima, à luz das estrelas. Carol contratou um violinista e na mesa um champanhe. Carol levou Fernanda com uma venda nos olhos durante todo o caminho até chegar ao topo do hotel. Fernanda chegou ao topo ainda vendada e ouviu a musica linda e suave que saia do violino e tambem o vento fresco naquela linda noite de verão. Fernanda estava muito curiosa para saber o que Carol havia preparado para ela. Então chegando perto da mesa Carol tirou a venda de Fernanda abraçando-a por tras.

- Nossa meu amor!! Que lindo este lugar, essa música, essa mesa. Tudo perfeito. - Fernanda disse isso sorrindo e se virou para beijar Carol.

Carol estava um pouco nervosa com a ocasião pois havia preparado uma surpresa ainda maior para a namorada.

- Vem amor, senta. - disse Carol puxando a cadeira para Fernanda se sentar.

Fernanda sentou-se e Carol sentou-se de frente a ela.

- Então amor, hoje faz um ano que estamos juntas. Um ano de pura felicidade, de prazer, de amor e tenho certeza que vamos ainda comemorar muitos anos juntas. - disse Carol sorrindo.

- Sim meu amor! Esse um ano que passei ao seu lado foi o tempo mais feliz da minha vida. Nunca pensei que existisse tanta felicidade. Retrucou Fernanda sorrindo e sugurando a mão de Carol.

Nesse momento entrou um garçom com a comida. Ela havia pedido o prato preferido de ambas: Fetuccini com frutos do mar e molho branco. As duas se entreolharam e sorriram. Tiveram uma noite agradável, com boa música, boa conversa e boa comida.

- Amor, você tem que ver a vista daqui de cima. Chega alí mais perto do muro pra você ver. - Disse Carol a Fernanda, que em seguida se levandou e dirigiu-se para a mureta.

Nesse momento Carol remexeu na bolsa e tirou uma caixinha preta e uma folha de papel. Colocou a folha sobre a mesa com uma rosa vermelha que tambem havia retirado da bolsa, mas esta estava dentro de uma caixinha que Carol tratou logo de tirar e jogar fora. Então seguiu para onde Fernanda encontrava-se observando distraídamente as luzes da cidade. Então Carol abraçou Fernanda por tras com uma das mão e lhe disse ao pé do ouvido:

- As vezes eu fico pensando em toda a nossa história, desde o dia em que nos conhecemos na boate até os dias de hoje. Passamos por tanta coisa separadas e depois juntas. Eu agradeço a Deus todos os dias por ter te reencontrado, por Ele ter te colocado novamente na minha vida. Eu amo você com todas as minhas forças e hoje eu quero lhe entregar isso como um sinal do meu amor. - Disse Carol entregando a caixinha preta a Fernanda, que se surpreendeu e virou para olhar Carol nos olhos.

- Casa-se comigo? - perguntou Carol tentando não demonstrar o nervosismo mas com as mão geladas.

Fernanda abriu a caixinha e viu um par de alianças douradas. Eram grossas alianças de ouro e bem no centro era circulada por pequenas pedrinhas de diamante.

- Deus do céu! Exclamou Fernanda com uma das mãos na boca. Fernanda tremia e começou a chorar de tanta felicidade.

- Sim sim sim, mil vezes sim! O que eu mais quero na minha vida é ser sua mulher pra todo o sempre. Nunca pensei que me faria essa proposta. Te amo, te amo te amo.Carol desabou a chorar com a resposta de Fernanda que tambem chorava muito. Elas se abraçaram e se beijaram. Fernanda pulava de felicidade segurando a caixinha nas mãos e sorria em meio as lágrimas. Então Carol pegou uma das alianças e colocou no dedo da mão esquerda de Fernanda que logo depois fez o mesmo com Carol.

- Prometo te amar para sempre e ser sempre presente em todos os momentos de sua vida, sendo eles ruins ou bons. Sempre estarei ao seu lado. - Disse Carol segurando as mãos de Fernanda.

- Eu tambem prometo meu amor. Vou te amar e te apoiar, estarei ao seu lado para todo o sempre. - respondeu Fernanda.

As duas se beijaram por alguns minutos e Carol puxou Fernanda para a mesa.

- Esse papel amor, é um contrato de união estável. É o mais perto de um contrato de casamento que nós chegamos. - disse Carol.

- Ai amor, te amo tanto, mas tanto que não existem palavras suficientes para descrever com precisão esse sentimento. Vou assinar esse contrato agora com muito amor e com toda a certeza de que ele nunca vai ser desfeito pois meu amor por você nunca vai se esgotar. Mas amor, não precisamos de duas testemunhas?

- Sim amor, precisamos. E e aí que vem a proxima surpresa!
- Disse Carol sorrindo e olhando para a porta.

Fernanda tambem olhou naquela direção e viu seu amigo Gustavo e Julia passando pela porta. Fernanda não conseguia acreditar, começou a chorar como um bebê. Gustavo andou em direção a Carol e a abraçou agradecendo por ter o procurado e o convidado para fazer parte desse momento tão especial na vida de Fernanda. Logo depois foi em direção a Fernanda e parou em frente a ela dizendo:

- Vai me dar um abraço ou vai ficar aí só me olhando como uma boba? - disse isso sorrindo e abrindo os braços para abraçar Fernanda.

Os dois se abraçaram e Gustavo disse que estava muito feliz pelo casamento das duas e que sentia muitas saudades de Fernanda, ela o agradeceu por aparecer e dividir com ela esse momento mais do que especial em sua vida.
Julia havia ajudado Carol a encontrar Gustavo e o contou sobre a situação. Durante os
últimos três meses Julia, Carol e Gustavo estavam trocando telefonemas e emails para
preparar essa surpresa pra Fernanda.

Fernanda estava muito surpresa, e muito feliz em rever seu amigo Gustavo. Os dois conversaram e riram bastante, e Gustavo prometou nunca mais se afastar de Fernanda. Ele a contou que havia conhecido uma mulher e que estava a amando bastante, que um dia pretendia se casar com ela. Fernanda ficou muito feliz ao ficar sabendo que Gustavo havia encontrado alguem e estava feliz e ficou tambem muito curiosa em saber quem era.

- Quem é essa mulher Gu? Eu conheço? Como ela se chama?

- Sim, você a conhece e o nome dela é ...... Julia.

- O QUE????? essa Julia? Ex namorada da Carol? Como assim? Achei que ela gostava só de mulher?

- Eu sou um cara bem charmoso e consegui conquistar essa DEUSA.
- disse Gustavo rindo. - Quando começamos a nos comunicar para preparar essa surpresa para você junto com Carol. Julia e Eu descobrimos que temos muitas coisas em comum, temos muita química e nos entendemos muito bem. Estamos muito felizes juntos. - Ele disse e olhou para Julia que conversava com Carol do outro lado da mesa.

Carol sugeriu que todos assinassem o contrato e isso foi feito. Primeiro Carol e Fernanda, depois Julia e Gustavo como testemunhas.

Os quatro ficaram alí conversando e dançando ao som do violino por algumas horas. Depois decidiram encerrar a noite. Gu e Julia se despediram e sairam de mãos dadas e confirmando um novo encontro entre os quatro em breve.

Fernanda e Carol ainda ficaram alí dançando juntinhas ao som do violino por algum tempo antes de descerem para um dos quartos do hotel onde Carol havia preparado mais algumas surpresas e uma delas Carol usava por baixo do vestido.
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- Pai, pai, papai... Eu quero sorvete de chocolate.

- Tá bom Matheus, senta lá com sua mãe que já levo pra você.
- Disse Gu ao seu filho Matheus que acabara de completar 3 anos de idade.

- Vem com a mamãe Te. Ta gostando do bolo? - Perguntou Fe quando o pequeno Matheus pulou no seu colo.

- Mamãe Fe, cadê a mamãe K? - Perguntou Te com a boca cheia de bolo.

- Esta vindo logo alí filho com o seu presentinho de aniversário.

- Obaaaaa....
- Gritou Matheus contente largando o pedaço de bolo na mesa e correndo para abraçar Carol que segurava uma caixa grande nas mãos embrulhada com um papel de presente verde.

Matheus sentou-se no chão e rasgou o papel revelando seu presente. Um carro vermelho de controle remoto. O menino gritou e pulou, pois estava muito feliz com o presente.

O menino Matheus tinha os olhos de Carol, a inquietação de Gustavo e era tão carinhoso quanto Fernanda.

Um ano e pouco após o casamento de Carol e Fernanda, elas conversaram e decidiram que queriam ter um filho. Fernanda sempre sonhara em engravidar então disse a Carol que queria ter um filho dela e de Gustavo. No começo Carol não entendeu mas logo Fernanda explicou exatamente o que queria. Gustavo doaria o esperma, Carol os óvulos e a inseminação seria feita em seu útero. Carol se emocionou com a idéia e quando contaram a Gustavo o mesmo chorou de felicidade. Então o pequeno Matheus era filho dos três, e ainda tinha Julia como sua madrinha que o amava muito.

Os cinco se tornaram uma grande familia unida e muito, muito feliz.

DAR ... não é fazer ... AMOR

Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.

Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais.

Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.

Dar sem querer casar....
Sem querer apresentar pra mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.

Dar porque ela te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.


Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ela hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.

Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.

Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio.

Dar é não GANHAR.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que que cê acha amor?"

É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos...

Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.

Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar.
Experimente ser amado...
Experimente ser cuidado…
Experimente estar com quem topa tudo por você…
E tope tudo com ela…



Luís Fernando Veríssimo